Quem já fez festa de formatura sente saudades. Gabriela Pinheiro, 18 anos, de Santo André, se formou ano passado e fez parte da comissão. A experiência, segundo ela, a deixou mais responsável e madura. Como o colégio não oferecia a balada, a turma fez por conta própria. "Sou desconfiada, por isso, prefiro me responsabilizar ", diz.

Eles começaram a correr atrás dos preparativos no fim do 2º ano para ter tempo de organizar com calma. Desde a escolha do salão aos detalhes ficaram por conta dos estudantes, que abriram conta para reunir o dinheiro de todos. Estresse, medo, brigas, votações e reuniões com os pais fizeram parte da rotina. "É difícil agradar a todos e mexer com dinheiro dos outros. No fim, deu certo e fechamos com chave de ouro."

Para ela, o mais bacana das formaturas brasileiras - diferentemente dos proms, bailes tradicionais nos Estados Unidos em que formandos curtem a festa sozinhos - é a participação da família. "É bom poder reunir quem a gente gosta na balada."

Luiz Henrique Bertoni, 18, de Santo André, aproveitou a sua formatura ao máximo. "É o último momento com a galera. Depois perde o contato", afirma o garoto, que se formou ano passado. A festa foi especial também porque Luiz dançou valsa com a avó. "Ela foi me guiando." Depois da dança, o garoto se livrou do terno e do sapato social. "Fiquei mais à vontade para aproveitar."