Inaugurada em maio, a Nova Lions já apresenta problemas no pavimento e nas calçadas. A avenida tem buracos na faixa de rolamento, sarjeta e passeio, o que coloca em risco motoristas e pedestres. A construção do trecho rebaixado da via demorou 25 meses para ser concluída e custou aproximadamente R$ 39 milhões à Prefeitura de São Bernardo.

Um dos pontos onde o solo é mais problemático fica no fim do sentido Santo André da pista expressa, próximo ao viaduto da Avenida Vivaldi, na faixa da direita. A grade do bueiro foi quebrada há cerca de uma semana devido ao excesso de peso por conta do fluxo intenso. Sem a proteção, os veículos que passam por lá sofrem forte impacto com a batida do pneu contra a estrutura de concreto.

Dependendo da força, a pancada pode provocar danos no sistema de amortecimento e nos pneus do veículo. Outro fator de risco acontece quando os motoristas percebem a falha na pista e executam manobras repentinas para evitar o impacto, podendo provocar acidentes.

Para os pedestres que seguem na pista local da Lions, também no sentido Santo André, o risco é ainda maior. Nas proximidades da Avenida Lauro Gomes, uma boca de lobo está destampada e sem qualquer sinalização. O buraco tem em torno de meio metro de diâmetro, por onde uma pessoa poderia cair facilmente.

A Prefeitura de São Bernardo foi procurada, mas não justificou o problema e também não informou se os materiais serão substituídos. O Executivo informou apenas que "enviará equipe técnica ao local para que sejam tomadas as medidas cabíveis".

Outro problema na via é a inoperância do radar eletrônico de velocidade na pista sentido Diadema. Há cerca de um mês, o equipamento foi coberto por plásticos escuros. As câmeras da pista oposta também estavam tampadas, mas foram desobstruídas há pouco mais de uma semana. A administração municipal informa que os radares foram instalados em junho e que registrarão as infrações somente depois que passarem por aferição do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Em junho, a Prefeitura colocou na via, como teste, radares móveis. Em dois dias, 158 veículos foram autuados por excesso de velocidade. Na pista expressa, o limite é de 70 km/h. Na pista local, os motoristas podem andar a, no máximo, 50 km/h.

Depois da abertura do trecho rebaixado, o fluxo na Lions teve aumento de cerca de 25%, segundo o secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos. Antes da obra, passavam por lá aproximadamente 4.000 veículos por dia nos picos da manhã e da tarde, número que subiu para 5.000 depois da intervenção.