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Construção de moradia popular no Pq.Erasmo será retomada

Em Sto.André, obras no Conjunto Catiguá estão paradas há três anos; previsão é concluir em 2015

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
04/05/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A obra do Conjunto Habitacional Catiguá, no bairro Parque Erasmo, em Santo André, paralisada desde 2011, finalmente será retomada neste ano. No dia 23, será divulgado o resultado da licitação aberta para a escolha da empresa que dará prosseguimento à construção dos 96 apartamentos, iniciada em 2010.

“Se não houver nenhum contratempo, começaremos as obras ainda neste semestre”, falou o secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Paulo Piagentini.

A interrupção dos trabalhos ocorreu após as construtoras responsáveis abandonarem o serviço, alegando dificuldades financeiras para finalizar o empreendimento. “Tivemos de resolver esse problema judicialmente e, por isso, só agora conseguimos abrir o processo de licitação”, explicou Piagentini.

Como os trabalhos estão adiantados – os prédios já foram erguidos –, a entrega está prevista para o ano que vem. “Nosso prazo é 12 meses após o começo das obras”, disse o prefeito Carlos Grana (PT). As unidades irão beneficiar famílias de baixa renda e também as que foram removidas de áreas de risco.

O projeto é realizado com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e todo o investimento – de R$ 76 mil por unidade – é feito pelo governo federal. As moradias contarão com cozinha, lavanderia, sala e dois dormitórios.

O abandono da obra causou transtornos para quem vive nos arredores. “Fico na janela esperando minha esposa voltar da faculdade e já vi várias vezes pessoas consumindo drogas no local ou usando a área de motel. É um alívio saber que a obra, enfim, prosseguirá”, disse o mecatrônico Maurício Marques, 43 anos.

VIGILÂNCIA
Em novembro, o local ganhou um ‘guardião’. Alexandre Pereira da Silva, 56, se apropriou do espaço num dia em que o portão estava aberto. Comprou cadeado, fez chaves e construiu um casebre de madeira, onde vive sozinho. “Estava morando com a minha irmã, que tinha se separado do marido. Aí, eles voltaram e preferi sair de lá”, contou.

Silva afirma que sua presença na área inibiu a aproximação de pessoas que ele classifica como “má intencionadas”. “Depois que cheguei aqui, nunca mais entrou ninguém. Se ouço algum barulho, pego minha lanterna e a luz espanta quem queira invadir. Se eu não estivesse tomando conta, a situação seria crítica”, avaliou.

Ele sabe que sua permanência está com os dias contados, mas mantém esperança. “Vou procurar outro lugar para ficar. Quem sabe alguém não me arruma um cantinho depois de eu ter cuidado da área?”  




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