Economia Titulo Sindical
Metalúrgicos continuam em negociação

Grupo 10 quer reajuste menor, de 7,5%,
para empresas com até 30 funcionários

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
28/09/2013 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A campanha salarial 2013 dos metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ainda não teve um desfecho. Ontem, o Grupo 10 (lâmpadas, material bélico e equipamentos odontológicos) apresentou sua proposta de reajuste salarial de 8%, como todas as outras cinco bancadas patronais. Mas não houve acordo porque os empresários gostariam que as companhias com menos de 30 funcionários tivessem diferenciação no percentual. A sugestão foi que elas elevassem os pagamentos dos seus funcionários em 7,15%.

O presidente da FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores no Estado de São Paulo), Valmir Marques da Silva, o Biro-Biro, que negocia com o Grupo 10, solicitou à bancada patronal que unifique o aumento para as duas faixas de empregados. “Defendemos a aplicação do índice para todos de forma imediata. A bancada informou que fará uma nova consulta às empresas e nos posicionará”, explicou o sindicalista, por meio de nota.

Até o fechamento desta edição, o Grupo 10 não havia apresentado seu posicionamento sobre a unificação dos grupos. Portanto, a FEM-CUT/SP continuará se encontrando, na semana que vem, com essa bancada para tentar o acordo coletivo.

NÚMEROS - No Grande ABC, o Grupo 10 é composto por 9.990 pessoas nas quatro cidades. Elas representam 14% dos trabalhadores que estavam em campanha salarial nesses municípios. Como os funcionários das montadoras já tiveram seus acordos por empresa fechados, a base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na luta pelos reajustes é de 72.267.

Até agora, 62.277 metalúrgicos (86% do total) já fecharam acordos. Eles são divididos em: Grupo 2 (máquinas e eletrônicos), Fundição, Estamparia, Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) e Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários, esquadrias, construções metálicas, artefatos de ferro e rodoviários).

Todos eles terão, retroativo à data base de 1º de setembro, a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), apurado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais expansão real de 1,82%.
 




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