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S.Bernardo cadastra hoje potenciais doadores de medula no Redome

Campanha da Ameo pode beneficiar João Pedro, que tem doença rara e precisa de transplante

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
24/08/2013 | 07:00
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A Ameo (Associação de Medula Óssea) realiza hoje em São Bernardo campanha para cadastrar potenciais doadores de medula no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Das 9h às 17h, quem comparecer ao Ginásio de Esportes do Baetão (Rua Dona Júlia César Ferreira, 270, Baeta Neves) terá a chance de ajudar João Pedro Klem Lorenzoni Silva, 1 ano e 2 meses, portador da síndrome de Wiskott-Aldrich. A única chance de cura do menino é o transplante, e a chance de encontrar doador não aparentado compatível no País é de uma para cada 100 mil pessoas.

A campanha tem capacidade para cadastrar 600 potenciais doadores. Para doar, é necessário ter entre 18 e 55 anos, boa saúde e não ter hepatite, câncer ou ser portador do HIV (vírus da Aids). Será retirada pela veia a quantidade de sangue de 5 ml e preenchida ficha com informações pessoais. Os dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante. Caso seja compatível com algum receptor, o doador será procurado e outros exames serão necessários.

“Esperamos ter uma boa notícia para o João Pedro na campanha”, diz o pai do bebê, o operador de máquinas Jeferson Aparecido Silva, 38 anos. O menino está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) desde terça-feira devido a complicações da doença, mas passa bem. “Ele teve uma reação ao medicamento que está tomando e o nível de plaquetas ficou muito baixo. Mas já está se recuperando e amanhã (hoje) deve ir para o quarto”, explica Silva.

João Pedro tem a síndrome de Wiskott-Aldrich, patologia genética ligada ao cromossomo X e que só ocorre em meninos. Ele apresenta anemia e baixo número de plaquetas.

TRANSPLANTE

Se João Pedro encontrar o doador compatível, a próxima etapa é realizar o transplante. Segundo a médica pediatra e imunologista do Ambulatório de Infecções de Repetição da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Anete Sevciovic Grumach, portadores da síndrome que passam pelo procedimento ficam 100% curados.

Antes de transferir a medula doada, é preciso ‘bombardear’ a doente com quimioterapia para que a outra ‘morra’ e dê lugar à nova. O sucesso depende de como o paciente está de saúde e da forma como reage ao receber a doação, por meio de transfusão de sangue.  




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