O Bilhete Único Andreense, como será nomeado o modelo de integração tarifária do transporte coletivo da cidade, entrará em pleno funcionamento a partir do dia 10. Atualmente em fase de testes no validador instalado nos ônibus, o novo sistema de bilhetagem foi firmado em acordo entre o prefeito Carlos Grana (PT) e empresários do setor de transporte, que deram detalhes do projeto ontem, em reunião no Paço. Em contrapartida, a gestão petista aplicará, a princípio neste primeiro ano de implantação, R$ 1 milhão mensal de subsídio.

O governo vai oficializar a distribuição dos cartões no dia 7, no saguão do anfiteatro municipal. A prioridade do Paço é fazer a adesão ao novo cadastro de 50% dos usuários do sistema que não possuem qualquer tipo de bilhete e utilizam dinheiro para pagamento das passagens. Diante do processo de transição, a integração ocorrerá de forma gradativa, aceitando as duas espécies de cartões nos primeiros meses - durante a substituição do atual Urban Pass ao Bilhete Único.

Não há prazo para validade do Urban Pass, substituído paulatinamente com a nova demanda. Segundo Grana, o atual modelo demorará "muito tempo" para perder a sua regularidade. "Ele (cartão) poderá ser usado normalmente. Faremos cronograma de renovação e queremos tranquilizar os passageiros. Não há necessidade de precipitação."

A migração completa tende a ser feita nos primeiros quatro meses de ajustes. O atual cartão atende 450 mil usuários do sistema. A perspectiva da administração é atingir número de 100% de adesão. "Muitos são de cidades vizinhas e passam por aqui", disse Luiz Marcondes, gerente da Aesa (Associação das Empresas do Sistema de Transporte de Santo André).

Com o bilhete, os usuários terão direito a fazer até três viagens pelo período de uma hora e meia com o valor de uma tarifa. Serão quatro bilhetes: comum, estudante, aposentado (isento) e outro ao trabalhador (vale-transporte). Dentro do projeto, também será renovada a frota com mais 50 novos ônibus.

A mudança teve aval da Câmara. Foram 19 votos favoráveis e duas abstenções. Grana visitará hoje o Legislativo para "agradecer a aprovação" do projeto. A publicação do decreto sai no dia 5, regulamentando o sistema.

Petista credencia 13 corredores de ônibus para obter US$ 250 milhões

O governo Carlos Grana (PT) credenciou Santo André no pleito de US$ 250 milhões (R$ 509 milhões na cotação de ontem) financiados junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para execução de 13 corredores de ônibus - hoje existe apenas um. O cadastro foi oficializado ontem, sendo o valor fixado de acordo com os critérios estabelecidos pela instituição. O prazo de financiamento ficou estipulado pelo período de até 25 anos.

Com o valor definido, o projeto ficará readequado a essa quantia. Grana deve anunciar hoje na Câmara a localização de todos os corredores projetados. O Paço também incluiu a proposta dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade. "Protocolamos (o texto) e veremos lá na frente a parceria que será efetivada primeiro", analisou o chefe do Executivo. O planejamento da administração passa por assinar o convênio com o banco até o início de 2014.

O gargalo no trânsito é um dos principais problemas na cidade. Grana estuda começar, ao menos, um corredor com recursos próprios neste ano.

Paço vai gastar R$ 4,5 mi para adquirir máquinas e equipamentos

 Com a justificativa de minimizar gastos com terceirizações, o Paço de Santo André vai despender R$ 4,5 milhões na compra de maquinários e equipamentos. O governo Carlos Grana (PT) protocola hoje no Legislativo autorização de empréstimo, no valor de R$ 3 milhões, com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para adquirir tratores e caminhões, entre outros materiais, para executar a manutenção da cidade. Outra proposta do Executivo será formalizada na próxima semana, com dotação de R$ 1,5 milhão para a mesma finalidade, mas com verba própria. O Orçamento deste ano não previa esse custeio. O dinheiro provém de leilões do antigo maquinário feitos pela gestão Aidan Ravin (PTB). O secretário de Obras e Serviços Públicos, Paulinho Serra, disse que a compra servirá para recuperar a capacidade própria de conservação.

Paulinho considerou que a Prefeitura pode diminuir valores de contrato com a aquisição. “Alguns termos tendem a cair em 20%. “Só na iluminação há possibilidade de economizar quase R$ 4 milhões.”