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Diretora do BC assina contratos em NY
Do Diário do Grande ABC
23/06/2000 | 12:11
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A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em sua reuniao desta semana, financiamento de até US$ 760 milhoes para a compra de equipamentos nacionais destinados ao projeto de exploraçao e produçao de petróleo e gás natural dos campos de Barracuda e Caratinga, na Bacia de Campos, no Rio. Os documentos do "project finance" e da sociedade de propósito especial (SPE) que vai operar o projeto estao sendo assinados nesta sexta-feira, em Nova York, pelo presidente do BNDES, Francisco Gros.

Estao sendo assinados também os contratos de outro projeto recentemente aprovado pelo BNDES, o do complexo Espadarte-Voador-Marimbá (EVM), também na Bacia de Campos, com investimento fixo de US$ 1,144 bilhao e participaçao do BNDES-Exim no valor de até US$ 400 milhoes.

Os mais importantes equipamentos do Projeto Barracuda sao dois navios-plataforma, que recebem a produçao dos poços. Uma das exigências do BNDES para a concessao do financiamento - com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) - foi que a obra de pelo menos um dos navios seja feita no Brasil, num estaleiro do Rio, o que permitiria a retomada da indústria naval brasileira. As duas unidades de produçao do Projeto Barracuda representam investimento de cerca de US$ 900 milhoes.

Segundo a Petrobras, é possível que a construçao dos dois navios seja feita no Brasil. O financiamento, na modalidade "project finance", será pago com a receita do empreendimento no prazo de dez anos, com três anos e meio de carência. A taxa de juros foi estabelecida com base na Libor trimestral variável acrescida do spread de 1% ao ano. O custo total do projeto é de US$ 2,92 bilhoes, dos quais US$ 2,39 bilhoes em investimentos fixos.

Além do BNDES, com US$ 760 milhoes, serao parceiros da estrutura financeira do projeto o Japan Bank of International Cooperation (JBIC), com US$ 1,14 bilhao; um consórcio de bancos comerciais internacionais, liderado pelo Deutsche Bank, com US$ 500 milhoes; Itochu Corporation e Mitshubishi Corporation, duas das maiores tradings companies japonesas, com US$ 100 milhoes; e a Petrobrás, com US$ 426 milhoes.




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