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Síndrome de ovários policísticos

Essa síndrome é um conjunto de sintomas provocados pela formação...

Leo Kahn
26/01/2012 | 00:00
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Essa síndrome é um conjunto de sintomas provocados pela formação de microcistos no ovário. Entre 6% e 10% das mulheres apresentam alterações endócrinas por esta causa, embora isso seja um problema frequente. A maior parte dos casos aparece na adolescência, acompanhando durante a vida, e tende a se normalizar após os 35 anos. A síndrome é caracterizada por sinais de hiperandrogenismo, disfunção ovariana e ovários policísticos ao ultrassom.

O ovário é o órgão responsável pela ovulação e também pela produção de hormônios femininos. Em geral, surgem mais de dez cistos (com tamanho de seis a dez milímetros cada), que ficam distribuídos perifericamente na superfície do ovário. O acúmulo de microcistos pode causar o aumento médio de 2,8 vezes no tamanho normal do ovário. Uma das consequências da síndrome é a diminuição da fertilidade devido à dificuldade de ovulação. Entre as mulheres que apresentam os sintomas da síndrome de ovário policístico, apenas 25% engravidam espontaneamente. 

Mas o tratamento para induzir à ovulação é simples. Assim, na maioria das vezes a infertilidade é facilmente revertida. Muitas adolescentes com estes ovários pensam que não podem engravidar e acabam conseguindo uma gravidez indesejada. 

SINTOMAS

- Irregularidades menstruais, normalmente são atrasos ou total ausência das menstruações; 

- Dificuldade na ovulação, parte das mulheres que têm esse problema não ovula regularmente, o que pode dificultar a gravidez; 

- Hiperandrogenismo, problemas na pele, acne, espinhas, queda de cabelo, pele oleosa e aumento de pelos são sintomas que podem fazer parte da síndrome; 

- Gordura, muitas mulheres que têm a síndrome de ovários policísticos apresentam aumento de peso; 

- Abortos; 

- Além desses sintomas, as pacientes com ovários policísticos devem ser cuidadosamente avaliadas em relação à resistência à insulina e a síndrome metabólica, pois estas doenças estão relacionadas com maior chance de desenvolver alterações vasculares, diabetes, hipertensão arterial e risco cardiovascular aumentado. 

INFORMAÇÕES

- Uma em cada dez mulheres pode apresentar o problema, que causa desde espinhas até a dificuldade de engravidar; 

- O diagnóstico é feito através de exame clínico, ultrassom e exames laboratoriais; 

- Mulheres que apresentam apenas sinais de ovários policísticos ao ultrassom sem desordens de ovulação ou hiperandrogenismo não devem ser consideradas como portadoras da síndrome de ovários policísticos; 

- Câncer de endométrio: sem ovular, a mulher deixa de produzir o hormônio progesterona, responsável pela proteção do útero. Os riscos de câncer de endométrio aumentam; 

- Diabetes: o ovário policístico também pode ocasionar a disfunção da insulina, que pode levar ao aumento de colesterol, problemas cardiovasculares e, ainda, ao diabetis mellitus; 

- Problemas psicológicos: alguns dos sintomas como irregularidade menstrual, o aumento de peso e surgimento de pelos em excesso podem gerar problemas psicológicos na mulher; 

- Desenvolvimento de características físicas masculinas (pelos no rosto e peito, alargamento de ombros, alteração na distribuição de gordura corporal, entre outros), por causa do aumento de hormônios androgênios, como a testosterona; 

- Uso de anticoncepcional específico para a síndrome, que atua também nos problemas de acne e hirsutismo, além de regular o excesso de testosterona; 

- Uso de hipoglicemiantes orais; 

- Uso de estimulantes da menstruação; 

- Depilação dos pelos que a paciente considerar excedente; 

- Uso de cosméticos específicos para diminuir a acne;

- Realizar exercícios físicos regulares; 

- Dieta de emagrecimento ou específica para diabético;

- Psicoterapia para controle do estresse e redução da ansiedade causada pelas mudanças corporais; 

- Em mulheres obesas, o emagrecimento consiste na medida mais indicada. 
Então, detectado algum desses sinais, procure um ginecologista ou endocrinologista antes que o problema se agrave.




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