'É difícil se chegar a um acordo, já que há diferenças importantes em todas as questões da ordem do dia', declarou nesta sexta o chefe dos negociadores palestinos, Ahmad Qorei, antes da retomada das conversações.

'Estamos fazendo esforços muito sérios para conseguir tantos avanços quanto possível, levando em conta as circunstâncias e os limites de tempo', assinalou por sua vez Yossi Sarid, chefe do partido de esquerda Meretz e membro da delegação israelense.

As conversações foram retomadas nesta manhã com uma reunião particular entre Qorei e o ministro da Justiça israelense, Yossi Beilin. Em seguida, os negociadores se distribuíram em quatro comissões, encarregadas de discutir as fronteiras do futuro Estado palestino, questões de segurança, os refugiados, e Jerusalém, segundo Qorei.

As duas delegações haviam separado-se rapidamente na noite de quinta-feira, devido a 'importantes divergências' durante a reunião do comitê de segurança, segundo um negociador palestino. O comitê estudava uma petição israelense de instalar três estações de alerta prévio no Vale do Jordão, depósitos de armas e bases para uma força de deslocamento rápido na Cisjordânia, para prevenir ataques procedentes do Leste, propostas rejeitadas pelos palestinos.

'Sempre há solicitações israelenses contrárias ao princípio da soberania palestina sobre seus territórios e seu rechaço do direito de retorno dos refugiados palestinos', continuou. 'Até agora, não abordamos a questão de Jerusalém, mas as divergências em relação a esse assunto são conhecidas', indicou Qorei.

As duas partes começaram a dialogar no último dia 21, com a esperança de chegar a um acordo antes das eleições para primeiro-ministro de Israel, no próximo dia 6 de fevereiro.