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SOS Bairros - Com chuvas, terra cede e deixa buraco
Luciana Yamashita
Especial para o Diário
10/12/2007 | 07:22
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Jardim Itapark/Mauá
Faz dois meses que as chuvas deixaram um buraco de cerca de dois metros e meio em parte do asfalto e na calçada da Rua Brilhante. A boca-de-lobo foi levada junto com a terra, que cedeu com a força da água. Desde então, o estrago não foi consertado.

Após reclamar na Prefeitura três vezes, sem sucesso, alguns moradores jogaram blocos e pedras no asfalto para chamar a atenção. A intenção era fazer com que nem as pessoas nem os carros passassem por cima do buraco.

“A rua ficou uma casca de ovo. Imagine se desaba tudo? Podem cair pessoas e carros lá dentro. Todos olham a gravidade do negócio, mas parece que a Prefeitura não”, reclama o aposentado Claudionor Borges, 50 anos.

Segundo Borges, a resposta recebida era a de que o problema seria passado aos engenheiros. “Essa foi a resposta em todas as vezes em que liguei. Outras pessoas também reclamaram, mas nada foi feito.”

A dona de casa Angela Bonugre mora em frente ao buraco e fica preocupada com as crianças. “Tenho três netos, mas eles não brincam aqui não. Se uma criança cai, não vai conseguir sair”, acredita.

Segundo Angela, a terra cedeu à noite, durante uma tempestade. “Agora que é tempo de chuva, o problema pode piorar.”

O comerciante João Xavier Linhares, 44 anos, não tem muita esperança de que o buraco seja arrumado em breve. “Do jeito que as coisas são, vai demorar um ano para que arrumem tudo isso ai”, acredita.

Resposta - A SSU (Secretaria de Serviços Urbanos) de Mauá informa, por meio de nota, que a obra para fechar o buraco da Rua Brilhante será feita a partir de segunda-feira.

O serviço envolverá a recomposição de galeria de águas pluviais, o aterramento e o piso asfáltico, além das guias e sarjetas da rua.

A previsão é de que o conserto fique pronto até quarta-feira.

Santa Maria/São Caetano
O piloto de avião Eliezer Ronaldo dos Santos, 45 anos, alerta para o risco de acidentes no cruzamento das ruas Ivaí e Silvia. Morador da região, ele conta que os choques são constantes por lá. Em uma semana, dois acidentes envolveram carros, bicicletas e ônibus.

“Gostaríamos que a Prefeitura instalasse um a semáforo. Só o sinal de pare não resolve o problema. Não podemos esperar pelas mortes”, reclama Santos.

As colisões acontecem por imprudência dos motoristas que trafegam na Ivaí. A rua é mais movimentada e fica numa ladeira, o que não significa que os motoristas têm a preferência.

A Prefeitura de São Caetano não fará interferências no local. Em nota, informou que os acidentes são causados por imprudência de quem não respeita as leis de trânsito.

Borda do Campo/Santo André
Moradores reclamam da falta de infra-estrutura das ruas do bairro. Elas são de barro e ficam intransitáveis em dias de chuva. “Falta manutenção da Prefeitura, que poderia pelo menos jogar cascalhos”, diz o representante de vendas Daniel Antônio Silva, 24 anos.

A dificuldade no trânsito impede que ônibus que atendem a linha passem nos dias chuvosos.

Os moradores reclamam também da periodicidade com que os caminhões-pipa entregam água nas ruas. “Dois mil litros para uma família com cinco pessoas passar uma semana é muito pouco”, reclama Silva.

O Semasa afirma que a periodicidade é suficiente para abastecer o bairro. A Prefeitura diz que mantém 15 pessoas para manutenção das ruas. As que recebem ônibus terão asfaltamento, ainda sem prazo para início das obras.

Jardim Silvina/São Bernardo
A regularização da energia elétrica das casas da Rua Washington Luiz e arredores era esperada com ansiedade pelos moradores. Mas, após dois meses, as contas da Eletropaulo começaram a chegar muito acima da quantia proposta à população.

Os moradores pagariam uma taxa social no primeiro ano do serviço, em torno de R$ 30. As faturas, porém, marcaram valores acima de R$ 120.

Como a conta é alta, os moradores optaram por não pagar e reclamar. “Agora já são oito contas que vieram erradas. O relógio parece um CD tocando e a conta vem um absurdo”, diz o porteiro Adalberto Fontebassi, 58 anos.

“Tem gente que mora em barraco com uma lâmpada e a conta veio altíssima. Não gastamos com conforto nem coisas que usem tanta energia elétrica assim”, afirma.

Segundo moradores, a Eletropaulo começou a cortar a luz no local, mas pararam. “Ninguém resolveu nosso problema e ainda queriam cortar a luz”, reclama Fontebassi.

Resposta - A Eletropaulo informa que conhece o problema no Jardim Silvina e já agendou para esta semana análises com os moradores.

Oito equipes de negociação irão até as casas para entrar em acordo sobre os débitos e as pendências da população local.



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