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Caminhada e bicicleta viram alternativa para driblar a Covid

Atividades individuais e ao ar livre ganham preferência na hora de ir para o trabalho

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
18/04/2021 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O medo de se contaminar com o coronavírus mudou a rotina de muita gente, principalmente os que precisam sair de casa para trabalhar, mesmo na pandemia. A bicicleta, pela agilidade e por ser meio de transporte ao ar livre, ganhou espaço e vários adeptos. A caminhada também virou alternativa segura para se locomover.

Um exemplo é o consultor técnico mecânico Márcio Alves da Cunha, 37 anos, que mora no bairro Sacadura Cabral, em Santo André, e trocou quatro por duas rodas. Ele explica que no início de 2020 já queria vender o carro, pois o gasto mensal girava em torno de R$ 400 e com o início da pandemia tirou o plano do papel e a bicicleta da garagem. Com a mudança na rotina, o percurso que fazia de 40 minutos a uma hora e 20 minutos, agora é de 30 minutos. “Evitava andar de transporte público. Quando (a pandemia) começou, adaptei minha rotina para evitar qualquer chance de pegar a Covid”, comenta Márcio. Inclusive, atualmente, o consultor técnico detalha um pouco de suas aventuras por meio da internet, nos canais Pedal Maroto e Porto Seguro

Outro exemplo de mudança de rotina é a ajudante geral Tatiana Cristina Morais da Silva, 40, do bairro Olímpico, em São Caetano, que preferiu adotar a caminhada para ir ao trabalho. Ela confessa que a alternativa já a deixou mais cansada que o normal, mas, com o tempo, acostumou. “Estou com medo de usar o transporte público. Mas é bem cansativo, pois eu já trabalho em pé, o dia todo, e quando vou embora, já estou bem cansada”, comenta. Cristina, que começou a trabalhar a pé logo no início da pandemia, leva de 30 a 40 minutos para ir da sua casa até o Centro, onde atua.

OPÇÃO SAUDÁVEL

A escolha pelo transporte individual e ao ar livre é aconselhada por médicos, ainda mais quando a pandemia está acelerada. O infectologista e diretor do Hospital Santa Ana, em São Caetano, Paulo Rezende, apoia a utilização de bicicleta e caminhada, quando possível.

“Infelizmente, o coronavírus é um vírus respiratório e transmite através da proximidade ou do contato. Com a aglomeração que ocorre dentro de ônibus, trens e metrôs, acaba sendo inevitável, mesmo com a máscara, se proteger corretamente”, comenta Rezende. 

O especialista ainda lembra que os princípios básicos para evitar a Covid são por meio do distanciamento físico, o que, inevitavelmente, não ocorre no transporte coletivo pelo excesso de passageiros. “Além disso, os usuários acabam não tendo a higienização correta, já que sempre alguém tosse, espirra ou não usa a máscara da forma correta contaminando o ambiente”, completa o infectologista.

médico também desaconselha o uso de carros por aplicativo, a não ser que não haja alternativa. “Os carros de aplicativo também são um perigo, por outras pessoas já terem entrado no veículo. Estamos na pior fase, com vírus e variantes circulando muito. Todo cuidado é necessário”, finaliza o infectologista. 




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