O ministro da Defesa, Waldir Pires, sugeriu que o processo de desmilitarização poderá demorar muito mais do que os controladores de vôo gostariam porque dependerá de mudanças na própria Constituição.

“Nós não podemos atropelar (a lei). Nem o presidente da República pode atropelar. E a competência, nos termos da Constituição e da lei, é da Aeronáutica”, declarou

o ministro, ao informar, no entanto, que “vai continuar lutando” para que esta mudança de comando da área militar para a civil ocorra.

“Mas não darei um passo que não seja dentro das instituições democráticas porque é com elas que acredito que nós venceremos”, avisou.

Waldir Pires pediu, mais uma vez, paciência à categoria e advertindo que “as impaciências levaram a retrocessos no País”.

Na tentativa de solucionar parte da crise no setor aéreo, um grupo de 64 pessoas selecionadas em um concurso público realizado pelo Comando de Aeronáutica começou uma nova turma para a formação de Controlador de Tráfego Aéreo, em São José dos Campos, a 90 quilômetros de São Paulo.

É a primeira equipe de civis depois do inicio da crise, no ano passado. O curso tem duração prevista de nove meses.