Obras de grande visibilidade começam a fazer parte do plano de governo do prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV). Com discurso de colocar de vez a cidade à sua condição de estância turística, Volpi projeta para 2008 a entrega do Terminal Rodoviário e o início da construção de um teleférico. Planeja ainda construir um bicicletário turístico. Coincidentemente, ano que vem tem pleito municipal e o político já anunciou que concorrerá à reeleição.

Clóvis Volpi garante que tais empreendimentos não estarão vinculados a seu currículo eleitoral para permanecer à frente da Prefeitura. Considera o Terminal Turístico Rodoviário, cujas obras começaram no mês passado e que custarão R$ 6,3 milhões, seu projeto mais importante. “É a construção mais importante de nossa gestão, embora não estivesse no programa de governo. Tivemos a possibilidade de construir o terminal e resolvemos priorizá-lo, por conta de sua importância ao complexo viário da cidade.”

Os recursos do terminal vieram do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento da Estâncias Turísticas) do governo estadual.

Volpi não se preocupa com o fato de adversários políticos virem a julgar tais obras como eleitoreiras. “Não vejo dessa forma, até por que não fizemos o projeto com a intenção de que terminasse pouco antes das eleições. Foi uma simples coincidência. O que demorou foram os trâmites burocráticos. A obra está aí e não é simples promessa de campanha.”

Para o teleférico, a Prefeitura já está elaborando o projeto, segundo o secretário de Educação, Cultura, Turismo e Desenvolvimento, Marcelo Menato. No ano que vem, a perspectiva é que Ribeirão receba R$ 2,2 milhões de verba do Dade (Departamento de Apoio ao desenvolvimento da Estâncias Turísticas para desenvolvê-lo.

Planejamento - O advogado Cézar de Carvalho, pré-candidato do PSDB à Prefeitura, diz ser contra o novo terminal rodoviário. “Seria importante que a administração ouvisse mais os segmentos da sociedade, como a OAB, sobre a real necessidade de se gastar cerca de R$ 6 milhões nesta obra.”

Carvalho revela que a atual rodoviária foi construída nos anos 1980. “Não vejo essa eminente necessidade de desafogar o Centro que o prefeito tanto alardeia. Vejo sim, muita falta de planejamento desta gestão.”