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Metalúrgicos desistem de greve
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
31/10/2009 | 07:01
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A paralisação geral dos metalúrgicos de Santo André e Mauá está suspensa. A decisão foi tomada em assembleia realizada ontem no Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, com a presença de cerca de 250 trabalhadores.

Na última sexta-feira (23), os funcionários decretaram estado de greve e prometeram iniciar o movimento a partir de terça-feira (3), caso não houvesse proposta de reajuste salarial por parte do lado patronal. Porém, mesmo sem acordo, apenas 7.000 dos 24 mil trabalhadores da categoria cruzam os braços na quarta-feira (4).

O grupo de estamparia e forjaria se reúne na terça-feira para acertar os detalhes da paralisação. "Pode ser que menos de 7.000 metalúrgicos participem do movimento, pois algumas empresas podem nos procurar antes e formalizar propostas", destaca Adilson Torres dos Santos, o Sapão, diretor do sindicato.

Os demais trabalhadores da categoria deram mais um voto de confiança aos patrões e aguardam propostas sem paralisação. "Iniciamos as negociações por empresa, uma vez que os sindicatos patronais estão dificultando a campanha salarial. Cerca de 20 companhias já nos procuraram e vamos realizar reuniões durante a semana. Na quinta-feira devemos realizar outra assembleia da categoria e decidir o novo rumo", explica o vice-presidente do sindicato, Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro.

Conversas preliminares com os sindicatos patronais não animaram a direção da entidade. O grupo de forjaria foi o único que formalizou proposta e ofereceu aumento de 6,7% a partir de janeiro e abono de 21%, a ser pago em três vezes. "Nem vamos votar essa proposta, pois consideramos que podemos conseguir muito mais do que isso. Nossa situação é diferente da dos outros sindicatos com data-base em setembro. Presenciamos a recuperação da economia e não vamos aceitar qualquer reajuste", afirmou Adonis Bernardes, secretário-geral do sindicato.

A reivindicação inicial dos trabalhadores era de 10% de aumento - composto por 4,5% de reposição da inflação e 5,5% de aumento real. "Temos a sorte de contar com uma categoria mobilizada e vamos até o fim para obter reajuste digno", prometeu o vice-presidente.




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