Artigo

Dos R$ 30 bilhões que vêm sendo investidos nos portos brasileiros, R$ 21 bilhões (ou seja, 70%) correspondem a investimentos da iniciativa privada. Entre os grandes investidores, estão empresas como Copersucar, LLX, Petrobras e Vale, que estão construindo terminais privativos para a exportação de matérias-primas, especialmente no Porto de Santos.

Além disso, segundo levantamento da ABTP (Associação Brasileira de Terminais Portuários), o setor poderá receber num período de cinco a dez anos investimentos de pequenas, médias e grandes empresas da ordem de R$ 44 bilhões. Portanto, se o País vai escapar do apagão logístico previsto para um tempo incerto, mas não distante, será graças ao investimento privado.

Só que para a iniciativa privada continuar a investir nos portos brasileiros é preciso que o cenário seja favorável, o que significa que o governo federal tem de investir pesadamente não só na eliminação de gargalos logísticos provocados por uma infraestrutura pública defasada como reduzir a burocracia aduaneira.

Basta ver que hoje, em média, uma mercadoria continua levando de cinco a sete dias para ser desembaraçada, enquanto a média mundial é de dois a sete dias. Isso se dá porque o Brasil ainda é o País do carimbo.

Hoje, a tendência é o aprofundamento do modelo em que os portos são administrados por uma autoridade portuária e as áreas operacionais, geridas por empresas particulares. Sem contar os portos privados que começaram a surgir no País.

Por isso, o modelo só haverá de se completar quando os órgãos gestores da atividade portuária estiverem completamente desvinculados das interferências político-partidárias, com a consequente nomeação de administradores com visão empresarial. Para tanto, o ideal seria a criação de uma agência pública, mas não estatal, com a participação dos governos federal, estadual e municipal e da iniciativa privada. Essa agência seria dirigida por administradores contratados no mercado, que não fossem substituídos quando houvesse troca de governo. Mas, sim, quando os números comprovassem a sua ineficiência.

Mauro Lourenço Dias é engenheiro eletrônico, vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística na Unicamp.

Palavra do leitor

Subprefeito
Mais uma vez a população do Riacho Grande foi surpreendida na escolha do subprefeito! Nada contra a pessoa indicada. Ocorre que a votação obtida por Luiz Marinho no Riacho superou a média dos outros bairros da cidade. É importante que se valorize as lideranças nos quatro cantos da cidade, se é que o PT pretende continuar comandando São Bernardo. O Riacho Grande é importantíssimo para o desenvolvimento de toda a região, pois, além de fornecer água para consumo humano, temos o Sistema Anchieta-Imigrantes, acesso para Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Suzano, que, aliás, necessita de atenção maior das autoridades municipais e estaduais, inclusive do Consórcio Intermunicipal. O Riacho Grande é a única região que ainda pode crescer em São Bernardo, isso sem falar em seu potencial turístico.
José Carlos Cezarino
São Bernardo

Escuridão
Na nossa Santo André, nos fazem acreditar que o racionamento de energia elétrica já está em vigor, porque as vias públicas - cinco ruas no bairro Homero Thon, a Marechal Rondon, Cristovão Colombo, Travessa Quintino Bocaiuva uma parte da Rua Osvaldo Aranha, Pedro Góez e uma parte da Avenida Pedro Américo) estão escuras há quase três semanas. As reclamações aos responsáveis, no dia 9, não estão surtindo efeito. Estou tentando contato no telefone 0800-0191944 da Prefeitura, mas não consigo falar com ninguém. A resposta de praxe, em todas as ocasiões, é que todas as atendentes estão ocupadas.
Kiyoshi Ikeda
Santo André

Ele manda!
Há algum tempo, escrevi dizendo quem governaria Santo André e São Paulo. A minha previsão confirmou-se e Lula, cuja sede de poder está enraizada desde a época em que era sindicalista, é de fato o novo comandante. O prefeito de Santo André, Carlos Grana, aprovou com grande estardalhaço o gramado do Estádio Bruno Daniel. Aprovou também o Poupatempo nas dependências da antiga Rhodia. É muito estranho, pois as reformas do gramado e das dependências do Poupatempo foram feitas na época de Aidan Ravin e ele, muito esperto, vai levar os louros da vitória. Aidan sofreu duras investidas por parte da oposição, obstruindo o crescimento de Santo André. Afirmo isso pois sou assídua telespectadora da TV Câmara de Santo André e sentia vergonha da falta de respeito da oposição com bate-boca e ofensas. Não foram reeleitos os candidatos de baixa qualificação para representar os munícipes. Para o bem de Santo André, espero que Carlos Grana não se deixe influenciar por pessoas que não fazem parte de Santo André (os palpiteiros de plantão) e faça bom governo.
Lúcia Calvitti Rodrigues
Santo André

Choque elétrico
Já entendi! A energia mais barata sai dos impostos que saem dos nossos bolsos. Então o governo está usando o nosso dinheiro para fazer sua propaganda eleitoral? Nossos impostos vão aumentar. Didaticamente, o corte na conta da energia é igual você dar um presente, mas antes pedir parte do dinheiro para o presenteado!
Tania Tavares
Capital

Prestações
O pronunciamento da presidente da República, Dilma Rousseff, a respeito da redução na conta de luz foi ótimo, mesmo que com grande atraso, o que prejudicou por anos a competitividade industrial. O que a presidente não disse e que é muito importante o povo saber, é que a Justiça já determinou que o governo devolva aos consumidores os bilhões de reais que foram cobrados indevidamente durante anos nas contas de luz. Para quem conhece esse assunto, fica claro e transparente que o governo está fazendo manobra para nos ‘devolver' esse dinheiro em suaves prestações mensais. Seria mais ético e justo a presidente Dilma Rousseff contar a verdade!
José Carlos Costa
Capital