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Consórcio é alternativa para imóveis
Leone Farias
Tauna Marin
Do Diário do Grande
29/06/2008 | 07:08
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Os consórcios de imóveis estão em ascensão, na esteira do impulso observado no financiamento imobiliário. Um dos motivos é serem vistos como uma opção interessante, por exemplo, para quem já tem um imóvel quitado e quer adquirir um segundo para deixar como herança aos filhos.

Dados do Banco Central mostram que todas as aquisições e construções de imóveis habitacionais feitas no âmbito do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) de junho de 2007 a maio deste ano somaram 215 mil unidades - alta de 64,66% frente a igual período anterior.

Na área dos consórcios, os resultados também são, de modo geral, crescentes. O total de clientes ativos chegou a 486,9 mil em maio, 13,3% a mais em relação ao registrado um ano antes. De janeiro a abril, as contemplações (quando o consorciado recebe a carta de crédito para adquirir um imóvel) também cresceram, ao totalizar 19,4 mil, 27,2% mais que no mesmo quadrimestre do ano passado.

Apesar de, no início deste ano, a comercialização de novas cotas ter observado ligeiro recuo (de 1,4%) - de 64,4 mil de janeiro a abril de 2007 para 63,5 mil nos quatro primeiros meses deste ano - isso não alterou os prognósticos otimistas do segmento para 2008.

Para o presidente da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios), Luís Fernando Savian, o ano começou um pouco travado para a atividade em função da oferta de crédito que favorece o financiamento, mas a expectativa é de que o setor fechará com crescimento de 20% em relação ao ano passado.

A elevação dos juros, que dificultam o acesso ao crédito, e a entrada de concorrentes de peso - o Banco do Brasil anunciou há poucos dias a entrada no consórcio imobiliário - devem alavancar esse mercado, na avaliação do dirigente.

O Banco do Brasil não quis ficar de fora desse filão, que em 1998 correspondia a 18% do Sistema Financeiro da Habitação, em 2007 já representa 21% e neste ano deve crescer pelo menos 15%, segundo estimativa do gerente do BB Consórcio, Agnaldo Pereira Miguel.

Para Savian, o financiamento continua sendo a melhor opção para quem tem pressa e precisa do imóvel novo de imediato, para se livrar do aluguel, por exemplo. "Mas no plano de consórcio, o custo é menor e não há incidência de juros. Serve como uma poupança programada", avalia.

NA REGIÃO
Embora não haja estatísticas consolidadas do setor para o Grande ABC, algumas administradoras relatam o forte desempenho de vendas de cotas na região.

A Remaza Novaterra observou, no primeiro quadrimestre, para as unidades de Santo André, São Bernardo e São Caetano, alta de 22,3% frente a igual período do ano passado. "A previsão é que tenhamos em 2008 um aumento em torno de 28% em relação ao ano passado", disse o diretor comercial, Ricardo Jacques de Carvalho.

A Porto Seguro Consórcio registrou o acréscimo de 22% no número de clientes ativos no Grande ABC de janeiro a abril, frente a igual período de 2007. A região é importante para a administradora. Concentra mais de 10% dos consorciados de imóveis da empresa.




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