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Consórcio aprova proposta para descentralizar farmácia

Entidade encaminhará ao governo do Estado sugestão para cinco postos de distribuição de medicamentos de alto custo

Por Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
04/05/2017 | 07:00
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O projeto de descentralização da farmácia de alto custo do Hospital Estadual Mário Covas foi aprovado pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, em reunião realizada ontem. A intenção da entidade é que sejam criadas unidades de distribuição de medicamentos em São Bernardo, Diadema, São Caetano e Mauá (que faria o repasse para Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), além da possível criação de um posto no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) da Vila Luzita, em Santo André.

Para o presidente do Consórcio, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), a iniciativa só terá sequência caso o governo do Estado banque a nova logística. “Entendemos que a estrutura atual não é adequada. O Estado precisa fazer a transferência do custo, já que a adequação necessita de espaço refrigerado, segurança e mão de obra”, afirmou o tucano, que projeta reunião, ainda sem data definida, com a Secretaria Estadual da Saúde para tratar sobre o tema.

Para o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), os municípios não podem arcar com os custos das alterações. “Defendo a descentralização, mas não podemos ser onerados com isso, principalmente em um momento de esforço para zerar a fila de exames e tentativa de melhoria no sistema de Saúde. O abastecimento de remédios é complexo, com muita gente para uma capacidade reduzida de atendimento”, considerou o chefe do Executivo andreense.

Paulo Serra defendeu também a divisão da distribuição dos medicamentos em dois pontos de Santo André. “A operação no AME da Vila Luzita seria facilitada por se tratar de um equipamento estadual. Além disso, há uma demanda grande registrada naquela região e a criação de posto ali facilitaria a vida dos moradores”, destacou.

Caso a medida seja implementada, a escolha das distribuidoras deve privilegiar unidades administradas pelo governo estadual, como o Hospital Serraria, em Diadema; O Hospital Radamés Nardini está na lista porque, apesar de ser gerido pela Prefeitura de Mauá, recebe repasses estaduais.

Atualmente, a farmácia do Hospital Mário Covas realiza, em média, 36 mil atendimentos mensais, registrando diariamente superlotação no atendimento com filas de espera que chegam até a seis horas.

HISTÓRICO
A proposta de descentralização é pleiteada há pelo menos quatro anos por prefeitos da região e retornou à pauta do Consórcio no início deste ano. Desde então, responsáveis pelas Pastas de Saúde dos sete municípios já realizaram ao menos quatro reuniões para debater o tema.

A distribuição descentralizada de medicamentos de alto custo estava prevista inicialmente para meados de 2015 e o próprio governo de São Paulo admite implementar a medida até o fim deste ano. 




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