Cerca de 200 moradores da favela Real Parque, localizada na Zona Sul de São Paulo, e representantes do movimento de luta em defesa da moradia farão um ato solene nesta segunda-feira na Câmara Municipal da capital paulista.

Segundo uma das líderes da comunidade, Karina Santos da Silva, o objetivo é pressionar as autoridades da área habitacional e sensibilizar os parlamentares para a situação das famílias despejadas do local no último dia 11 deste mês. “E das que ainda sofrem a ameaça de terem as moradias destruídas na reintegração”, assinalou.

O terreno onde se localiza a favela é da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), que pertence ao governo do Estado. A ação de reintegração de posse atingiu, por enquanto, apenas uma parte dos 17 mil metros quadrados pertencente a Emae.

Neste sábado, Karina informou que a maioria das famílias retiradas não quis deixar o local. Segundo ela, cerca de 30 das 70 famílias despejadas aceitaram ser levadas para um hotel oferecido e pago pela Prefeitura. O restante, acrescentou, procurou acomodação em casa de parentes ou amigos dentro da própria favela. “Tem gente dormindo até nas escadarias”, contou Karina.