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Do papel para as ruas
Por Vagner Aquino
Enviado a Indaiatuba
26/10/2011 | 07:00
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Divulgação


Antes da Peugeot chegar oficialmente ao Brasil, nenhum de seus produtos era tão empolgante. Muitos ainda se lembram daqueles hatches e sedãs quadradinhos (e de gosto duvidoso) que a marca insistia em querer espalhar pelas ruas do País. Mas o tempo foi passando e, há dez anos, a montadora se instalou por aqui e o primeiro modelo a deixar as linhas de produção da fábrica fluminense - localizada em Porto Real, Rio de Janeiro - foi o 206, uma revolução em design, que acabou caindo no gosto do brasileiro, porém, nada que batesse a veterana dupla Volkswagen Gol e Fiat Uno, que ainda lidera o topo do ranking de vendas no mercado brasileiro.

Agora, há mais tempo no mercado, com quase 3% de participação no País, é hora de inovar. Para isso, a montadora de origem francesa resolveu apostar em outro tipo de produto, mais caro, mais bonito e com proposta, diga-se, bastante ousada. Exatamente, o modelo em questão é o cupê esportivo RCZ - até mesmo o nome é incomum (se tratando de Peugeot), pois este é o primeiro carro da marca a adotar siglas, no lugar dos tradicionais números, em sua denominação.

Com a missão de carregar um estilo moderno e atual, o modelo apareceu pela primeira vez em público durante o Salão de Frankfurt (Alemanha) em 2007. Dois anos mais tarde passou a ser produzido na fábrica da Magna Steyr, na Áustria, de onde já saíram mais de 30 mil unidades, importadas para uma média de 80 países.

Agora é a vez do Brasil, onde o cupê esportivo chega estreando a nova calibração do motor 1.6 THP de 165 cv produzido em parceria com a BMW (sim, o mesmo que equipa o Mini Cooper). Este propulsor também é encontrado sob o capô do crossover 3008 - lançado aqui em novembro de 2010 - porém, no RCZ, além do menor peso, a potência é maior: são 9 cv a mais. Isso se deve à nova calibração e à alteração de componentes internos.

 

EXPECTATIVAS

"Este bloco chegará em breve ao modelo 3008 e também será opção para o sedã 408", afirmou o presidente da Peugeot do Brasil, Guillaume Couzy.

Enquanto as demais novidades não chegam, a meta da marca é mudar a visão dos clientes brasileiros em relação aos carros de origem francesa, melhorar o pós-vendas e, claro, aumentar seus números de emplacamentos. Só o RCZ pretende abocanhar entre 25 e 30 unidades por mês - a marca importou lote de 200 unidades até o fim do ano.

Custando R$ 139,9 mil, o cupê esportivo, de acordo com a Peugeot, deve concorrer por aqui com BMW Z4, Mercedes-Benz SLK, Volvo C30 e Audi TT - cujas formas trazem certas semelhanças.

O modelo já está disponível nas 165 revendas da marca espalhadas pelo Brasil.

 

Modelo corresponde à proposta de cupê esportivo

O motor do RCZ (cujo torque é de 24,5 mkgf a 1.400 rpm) é acoplado a uma caixa automática de seis velocidades com opção de trocas sequenciais, o que não agrada alguns que prezam pela pura esportividade trazida pelo câmbio manual - transmissão oferecida na Europa, onde o bloco entrega 200 cv. Preferências à parte, o fato é que o carro não se sai mal quando testado na prática.

O motor é bastante esperto e leva o carro a 100 km/h em apenas 8,4 segundos e a 213 km/h de velocidade final. Número este que, claro, não pudemos atingir na pista da Fazenda Capoava, local onde a montadora escolheu como cenário para as primeiras impressões ao dirigir.

Nas curvas, o modelo se mostrou preparado para corresponder à proposta de esportividade. Um tanto quanto estranho é o silêncio a bordo. Merecia aí um ronco mais grave.

Outro ponto a ser melhorado é a troca das marchas. Principalmente nas subidas, o carro fica meio amarrado. É melhor optar pelas trocas sequenciais na alavanca, que poderiam ser feitas no volante, como manda a tradição das pistas, mas, segundo Frederico Battaglia, responsável pelo marketing e produto da Peugeot, isso não foi previsto durante a concepção, porém "deverá ocorrer já na próxima geração, assim como o 3008 híbrido, que chega em breve."

 

 




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