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CPI da Saúde segue na gaveta em Ribeirão

Vereadores empurram decisão sobre investigação
na gestão Saulo uma semana após fim de protesto

Por Vitória Rocha
Especial para o Diário
11/06/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Passada uma semana do fim da ocupação da UJS (União da Juventude Socialista) do Legislativo de Ribeirão Pires – ato que durou quatro dias – pela abertura da CPI da Saúde, o presidente da Câmara, José Nelson de Barros (PMDB), sinalizou novamente que engavetará o processo aprovado em plenário em setembro.

Depois de ter voltado atrás quanto à instalação da comissão para apuração dos contratos da Prefeitura com a FUABC (Fundação do ABC) e com a Santa Casa entre outras questões, Zé Nelson disse que é preciso que a mesa diretora do Legislativo aprove o início dos trabalhos e afirmou que isso pode não acontecer antes da eleição.

“Vamos nos reunir na semana que vem para decidir, mas temos no máximo duas sessões antes das férias e não teria como abrir a CPI. Acredito que isso vai ficar para depois da eleição, a não ser que os vereadores queiram adiar as férias”, relatou.

Outros integrantes da mesa diretora, como Edson Savietto, o Banha (PPS), e Cléo Meira (PTN), tentaram não se manifestar contra a instalação, mas também deram a entender que o inquérito será deixado de lado. “Se for abrir uma investigação, tem de ser de todos (os ex-prefeitos). Não podemos só analisar os contratos desta gestão. Além disso, tem de olhar para os contratos com as ONGs (Organizações Não Governamentais) também”, analisou Cléo.

Um dos parlamentares da oposição, Renato Foresto (PT) avisou que entrará na Justiça para que a apuração seja colocada em prática. “Eu conversei com o Eduardo (Nogueira, do SD), o Gabriel (Roncon, do PTB) e o Rubão (Fernandes, do PSD) para que fizéssemos uma reunião para definir uma linha de atuação. Precisamos tomar ação jurídica para fazer cumprir a responsabilidade de cada órgão. É inadmissível votarmos para abrir a CPI e depois ficar engavetando o requerimento.”

FÁBRICA DE SAL
Apesar de novamente ter entrado na ordem do dia, o projeto para construção do shopping no terreno onde está localizada a antiga Fábrica de Sal foi adiado mais uma vez. A nova alegação do presidente da Câmara para evitar a apreciação do item é que a proposta não foi analisada pelas comissões internas do Legislativo e, portanto, não poderia ser debatida. “Não sei nem se vamos discutir isso semana que vem porque precisamos destes pareceres”, comentou Zé Nelson.  




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