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Direçao: o problema de Rubinho na Ferrari
Flavio Gomes
De Mônaco, para o Diário
03/06/2000 | 00:16
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  O dia de folga em Mônaco serviu para a Ferrari descobrir o que levou Rubens Barrichello a ter tantos problemas nos primeiros treinos livres para a sétima etapa do Mundial de Fórmula 1, marcada para domingo. Enquanto Michael Schumacher treinava em Fiorano, a mais de 400 km de distância, o brasileiro reuniu-se com o staff do time e ficou bastante tempo conversando com o engenheiro Ross Brawn, diretor-técnico e estrategista da Ferrari.

Quinta-feira, Barrichello ficara em 10º nos treinos livres, 1s609 atrás de seu companheiro de equipe, o segundo colocado - Mika Hakkinen, da McLaren, foi o mais rápido. Barrichello reclamou que sua Ferrari saía muito de traseira e que estava regulada mais para o estilo de Schumacher. "Tive muitas dificuldades para acertar o carro", admitiu.

O problema, e foi a essa conclusao que o piloto e o engenheiro chegaram, estava no sistema de direçao da Ferrari. A equipe usa um equipamento muito sofisticado e delicado de direçao hidráulica. Em circuitos rápidos, de curvas velozes, nao há muita dificuldade. Mas numa pista como Mônaco, a direçao acaba sendo sensível demais.

Segundo Barrichello, um leve toque e o carro vira rapidamente, ficando muito nervoso. Talvez por isso estivesse saindo tanto de traseira na quinta-feira nas curvas fechadas e lentas das ruas do Principado, que exigem muita precisao dos pilotos.

A Ferrari resolveu mudar o sistema, reduzindo a sensibilidade do volante para o carro de Barrichello, que na Stewart, equipe que defendeu até o ano passado, nao tinha equipamento semelhante. O resultado das modificaçoes poderá ser visto neste sábado, quando será realizado o treino que define o grid de largada do GP de Mônaco, a partir das 8h (de Brasília).

Enquanto a maioria dos pilotos descansava, tomava sol ou participava de eventos com patrocinadores na sexta-feira quente de Mônaco, Michael Schumacher pegou um helicóptero pela manha e foi para Fiorano, a pista de testes da Ferrari.

Lá, o alemao, líder do campeonato, percorreu 42 km com o chassi nº 200 da Ferrari, que à noite foi levado a Mônaco para ser o carro reserva de Barrichello na corrida. Foram nove voltas no circuito normal e mais 11 no traçado mais curto, além de sete simulaçoes de largada. Os testes terminaram às 14h15 e Michael voltou a Monte Carlo para reunioes técnicas no fim da tarde.




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