A sétima geração do modelo de maior sucesso da Audi acaba de chegar ao Brasil. Vendido fora do País desde os primeiros meses do ano, o sedã desembarca nas revendas ao preço de R$ 313.390. De acordo com Leandro Radomile, responsável pelas vendas e marketing da montadora, o valor leva em conta a alta do IPI, mas, "podemos garantir este preço apenas até 31 de outubro, a partir de então, deveremos reposicioná-lo", afirma.

No design, o modelo segue os passos dos irmãos - a identidade visual virou moda no mundo das quatro rodas. Logo de cara, nota-se a semelhança com os demais carros da marca, que trazem no olhar os faróis bi-xenônio com 24 LEDs e luzes adaptativas, aquelas que acompanham o movimento do volante. Ainda na dianteira, o conjunto óptico é cortado pela grade, também padronizada - e batizada pela marca de single-frame.

Na outra ponta da carroceria (que mede 4,92 metros, dois centímetros menor que a versão anterior), o destaque vai para as lanternas, que ganharam alto relevo e estão ainda mais parecidas com as dos irmãos. É fácil confundi-lo com o A4 ou com o A8 na rua.

Como não poderia deixar de ser, as rodas de 18 polegadas foram redesenhadas. Opcionalmente, o modelo pode ser equipado com rodas aro 19 - que, de acordo com o departamento de marketing da Audi, não saem por menos de R$ 13,2 mil.

Em relação à versão passada, o entre-eixos do A6 está sete centímetros maior (são 2,91 metros), e isso garante conforto na hora da condução. Para quem vai no banco de trás, o espaço é generoso a bordo, mesmo para os que tiverem mais de 1,80 metro de altura.

Durante o teste, quando pulamos para a parte da frente, o que mais chama a atenção é a semelhança com o A8. Desde a ideia de cockpit, passando pela partida com chave no bolso e indo até o formato da alavanca de câmbio, agora, S-Tronic de sete velocidades e dupla embreagem. O que faltou aqui foi o massageador nos bancos, oferecido no irmão maior.

Outra novidade é a tela retrátil, que abriga as mais diversas funções, como o Audi Drive - que modifica as formas de condução ao simples giro de um botão no console central. Durante o teste de quase 80 quilômetros ao longo da Rodovia dos Bandeirantes, optamos pelo modo Dynamic, que modifca as trocas de marcha e deixa a direção mais rígida - esta, com assistência elétrica. E por falar em condução, o A6 recebeu mudanças no bloco 3.0. O sedã de luxo tem 300 cv (10 cv a mais do que o anterior) e 44,9 mkgf de torque entre 2.900 e 4.500 rpm. Com 30 quilos a menos, chega aos 100 km/h em 5,5 segundos.

Atributos também no interior

Mesmo quando oferecem alto desempenho, os veículos atuais trazem consigo a missão de apostar em eficiência. E com a Audi não poderia ser diferente. De acordo com a montadora, o consumo médio do novo A6 é de 12,2 km/l e as emissões são de 190 gramas de CO por quilômetro - nível 13% menor que do modelo anterior. Isso permitiu reduzir o tanque de 80 litros para 75 litros.

Mas é dentro da cabine (com mais de 20% dos componentes em alumínio) que o modelo mostra a que veio. Dentre os mimos está o assistente de visão noturna (Audi Night Vision), que detecta pedestres e animais através de uma câmera de imagem térmica localizada na grade frontal do veículo.

Na lista de opcionais (pacote Advanced, por R$ 33 mil) estão o controle de cruzeiro adaptativo (ACC) com função stop & go e o Audi pre sense, que mantém distância programável do veículo à frente e, no caso de perigo, aciona os freios automaticamente, preparando o carro para uma possível colisão.

Os sistemas que auxiliam na mudança de faixa (Side Assist) e estacionamento automático, batizado de Park Assist, também fazem parte da lista, assim como o head up display, que projeta as principais informações sobre o para-brisa. A previsão é vender entre dez e 15 unidades do modelo por mês. Até o momento da apresentação, haviam sido vendidas 15 unidades.

Preparado para as pistas

Durante o lançamento da sétima geração do A6, a Audi convidou a imprensa especializada a dar uma voltinha no A3 DTCC. O modelo é usado no torneio automobilístico Driver Touring Car Cup, o primeiro a receber oficialmente a chancela da montadora.

Por fora, são notáveis as aplicações, como rodas especiais, pneus de competição do tipo slick, apêndices aerodinâmicos e pintura especial. Por dentro, foram eliminados todos os itens de conforto.

Na hora de dar a partida, o ronco do motor 2.0 turbo com Intercooler e 200cv é ensurdecedor. O câmbio é manual de seis marchas e traz engates bastante precisos. Na prática, o que mais chama a atenção é o pequeno volante. No começo parece incômodo, mas ao longo da pista da Fazenda Capoava mostrou sua funcionalidade.