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Obra na Índio Tibiriçá começa nesta segunda-feira
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
24/06/2005 | 08:14
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A rodovia Índio Tibiriçá (SP-31) será finalmente revitalizada. Já foi escolhida a empresa responsável pela obra e os trabalhos devem começar na próxima segunda-feira. Orçado em R$ 20,2 milhões, o projeto prevê o recapeamento dos 37,2 quilômetros da rodovia – que vai de São Bernardo a Suzano, passando por Santo André e Ribeirão Pires –, além da construção de três trevos de acesso e sete trechos de duplicação, que juntos somam 6,1 quilômetros.

A assinatura da nota de serviço, que autoriza o início dos trabalhos, será realizada nesta sexta no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC pelo secretário de Estado dos Transportes, Dario Rais Lopes. Previsão é de que a revitalização seja entregue em dezembro de 2006, 18 meses após seu início, colocando fim a três décadas de completo abandono da rodovia, que renderam à Índio Tibiriçá apelido de estrada da morte.

O título é justificado pelas estatísticas. De janeiro a maio deste ano foram 228 acidentes, que resultaram em sete mortes. No mesmo período do ano passado foram registradas 228 colisões com 14 vítimas fatais. Quase uma morte a cada dez dias. A última grande tragédia ocorreu mês passado, quando um Uno bateu de frente num Polo em uma curva do Km 40. Duas pessoas morreram na hora, outra se feriu com gravidade.

Hoje, a rodovia conta com pouquíssimos pontos de ultrapassagem. Ao longo de boa parte de seus 37,2 quilômetros de extensão, o motorista é obrigado a se manter em uma única pista, atrás de caminhões que utilizam a Índio Tibiriçá como ligação entre a Baixada Santista e o Leste do Estado. Malconservado, o asfalto possui degraus de até dez centímetros, que se tornam armadilhas para motoristas desavisados.

As obras previstas na revitalização mudarão esse cenário, mas podem não ser suficientes para colocar um ponto final na seqüência de acidentes. O projeto que será realizado é muito mais tímido se comparado com o que vinha sendo discutido, inclusive com técnicos das administrações municipais no Consórcio Intermunicipal. Ao invés de apenas três, seriam construídos nove trevos para ordenar o acesso da via aos bairros ao seu redor.

O número de pontos de duplicação também encolheu. De oito, cada qual com um quilômetro de extensão, caíram para sete, com metragem irregular, na maioria das vezes inferior a um quilômetro. Com as alterações, o custo da obra também foi reduzido: passou de R$ 32 milhões para R$ 20,2 milhões. O enxugamento foi necessário para driblar entraves com liberação de financiamento no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Mesmo assim, as obras atrasaram. Em março, uma das empresas que concorria no processo de licitação para realização da obra entrou com ação no TCE (Tribunal de Contas do Estado) questionando o edital, publicado em fevereiro. Em abril, a Justiça considerou a ação improcedente e autorizou a retomada dos trabalhos. Com isso, as intervenções que deveriam ter começado no mês passado, só irão começar agora, em fins de junho.




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