Economia Titulo
Calote cai 5,21% no Grande ABC
Por Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
10/07/2007 | 07:00
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Juros em queda e dólar barato enfraqueceram a inadimplência no Grande ABC. Segundo o Instituto de Estudos de Protesto de Títulos, o calote caiu 5,21% no Grande ABC em maio na comparação ao mesmo mês de 2006. O resultado anima o comércio – porque o cenário de aumento da oferta de crédito e expansão do consumo no varejo estimula o endividamento.

A cidade que puxou o índice é Ribeirão Pires (-23,04%), seguida por São Bernardo (-10,33%), São Caetano (-9,36%) e Santo André (-0,27). A exceção é Mauá, onde houve crescimento de títulos protestados. Diadema não integra a pesquisa porque o cartório local não releva números, assim como Rio Grande da Serra, município que não mantém tabelionato.

Apesar do balanço positivo, a diretora executiva do Instituto de Estudos de Protesto, Roberta de Arruda e Menezes, garante que descontrole financeiro, em razão da grande oferta de crédito, é o principal motivo do calote.

“A ampliação do volume de crédito em geral, especialmente do consignado, faz com que as pessoas se endividem acima do recomendado”, explica Roberta. “Atualmente, essas taxas (de endividamento) estão altas, em torno de 38% de comprometimento da renda mensal do trabalhador. O ideal seria em torno de 30%”, completa a diretora.

NOME LIMPO
Enquanto a inadimplência caia, os consumidores corriam para limpar o nome, segundo Roberta de Arruda e Menezes. “Cerca de 6 mil devedores regularizaram a situação em maio, batendo recorde para o período”, diz.

REFLEXOS
Os números do Instituto de Estudos de Protestos estão alinhados com os resultados recém-divulgados pela Abras – associação que representa os supermercados – e Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). Ambas as entidades apontaram recuperação das vendas em maio como reflexo do recuo da inadimplência.

“Menos enforcadas com dívidas e, por conseqüência, com mais dinheiro no bolso, os consumidores decidiram comprar mais”, reforçou o presidente da Abras, Sussumo Honda, ao se referir à evolução de 8% nas vendas em maio contra igual mês do ano passado.



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