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Tufão Durian causa mais de 450 mortes nas Filipinas
Da AFP
02/12/2006 | 11:05
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"Alguns foram arrastados para o mar, outros foram enterrados vivos", resume o prefeito de Legaspi, uma cidade situada no leste das Filipinas, que sofreu os efeitos devastadores do gigantesco deslizamento de lama provocado pela passagem do tufão Durian.

"Foi extremamente rápido. As famílias ficaram separadas até mesmo dentro das casas", explicou à televisão local o prefeito de Legaspi, Noel Rosal.

Segundo o novo balanço dos serviços de Defesa Civil, quase 500 pessoas morreram ou estão desaparecidas.

Alguns povoados do leste do arquipélago filipino foram soterrados pela lama que se desprendeu na quinta-feira das encostas do vulcão Mayon, situado 350 km a sudeste de Manila, arrastando tudo o que encontrou pela frente.

O tufão Durian, que provocou ventos de até 150 km/hora, varreu o arquipélago na noite de quinta-feira, provocando chuvas e a avalancha de lama.

De cima, o panorama é desolador: tetos destroçados e vegetação arrasada em Legaspi e arredores, constatou um jornalista que viajou a bordo de um avião Hércules C-130.

Em terra, os socorristas se esforçam por procurar vestígios de vida. No entanto, os serviços de resgate se mostram pessimistas e garantem que o balanço de vítimas pode aumentar, já que as equipes ainda não chegaram às aldeias mais remotas.

"É possível que encontremos dezenas ou centenas de corpos", advertiu o encarregado provincial das operações de resgate, Cedric Daep. Prevendo um número maior de vítimas, as autoridades encomendaram mais sacos para colocar os corpos.

Jun Rogandon, um morador da área, garante ter visto 15 corpos alinhados no exterior de um necrotério por falta de espaço.

"Os moradores disseram que vão organizar funerais coletivos esta tarde por causa do mau cheiro", explica Rogandon.

A presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, ordenou ao exército que lançasse uma operação de socorro "maciça" em todo o país, onde milhares de pessoas estão refugiadas em centros de evacuação.

Nas últimas horas chegaram a Legaspi aldeões das localidades vizinhas em busca de comida e de um lugar para se refugiar.

"A catástrofe atingiu quase toda a região", explica o governador, Fernando Gonzales.




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