A humilhação é o tema de Do Chão Não Passa. No palco, 19 atores do Núcleo de Formação do Ator da ELT interpretam diversos personagens e várias cenas que se interligam. A direção é assinada por Georgette Fadel, Gustavo Kurlat, Juliana Monteiro e Vadim Nikitin. Entre os personagens estão a babá de um bebê que não pára de chorar, e a funcionária de um disque-sexo e seu marido, além de tipos como a fofoqueira e o bêbado.
Do Chão Não Passa fica em cartaz até o dia 30 deste mês, no Teatro Conchita de Moraes (praça Rui Barbosa, 12, Santo André. Tel.: 4996-2164). Neste domingo, a encenação começa às 20h30, com entrada franca.
Em Mauá, o espetáculo O Auto da Alma tem atraído cerca de 30 espectadores a cada sessão. A ação se desenrola em três espaços diferentes do sobrado, onde fica a Casa de Cultura e Artes do Instituto Henfil (r. Porto Feliz, 323. Ingr.: R$ 4); por isso, as apresentações, iniciadas às 20h, não comportam muitas pessoas de uma vez.
A trama tem texto original de Gil Vicente e fala sobre as agruras da Alma, que em sua trajetória vacila entre permanecer no bem, simbolizado pelos anjos e a igreja, ou ceder às tentações do mal, no caso personificado pelos dois diabos do texto original.
Cerca de 15 pessoas integram o elenco, algumas oriundas da favela do Jardim Ipê, em Mauá. “Ninguém consegue distinguir quem é da comunidade e quem não é”, afirma o diretor Ronaldo Moraes. O grupo se empenhou: o texto é difícil, mas a mensagem se faz compreendida. A peça fica em cartaz até o fim do mês.
Um dos mais conhecidos textos de Nelson Rodrigues, A Falecida ganha roupagem do Grite, sob direção de Kleber di Lázzare. O público recebe é dividido em duas torcidas e, cada uma, recebe coletes de cores diferentes. Motivo: a história se passa nos dias que antecedem ao clássico do futebol carioca Vasco e Fluminense, no Maracanã.
Em tom de tragicomédia, a peça relata a fase difícil do casal Zulmira e Toninho. Ela sofre de tuberculose e ele está desempregado. Um trio de músicos toca ao vivo composições de Nelson Gonçalves e Orlando Silva. Com ingressos a R$ 12, A Falecida está no teatro do Imes (av. Goiás, 3.400, São Caetano. Tel.: 4239-3306). A temporada segue até o próximo dia 23.
Também em São Caetano, acontece a encenação de Mulheres de Fases, Homem de Lua, realizada pela Turma 30 de Teatro (grupo oriundo da Escola de Teatro da Fundação das Artes). A atuação do homem e da mulher na sociedade moderna é o assunto abordado. Está em cartaz somente até este domingo, às 19h, na Fundarte (r. Visconde de Inhaúma, 730. Tel.: 4238-3030). As entradas custam de R$ 5 a R$ 10.
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