Política Titulo Presidência do Legislativo
PT contesta articulação de petistas em favor de aliado de Lauro

Executiva do partido admite vetar parceria com setores da base do prefeito para emplacar Pretinho

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
12/11/2016 | 07:00
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Montagem/DGABC


O diretório do PT de Diadema admite vetar articulação feita pela bancada do partido na Câmara para eleger o governista Rivelino Teixeira de Almeida, o Pretinho (DEM), vice-presidente do Água Santa. As tratativas foram antecipadas pelo Diário na quinta-feira.

A direção da legenda se reunirá na próxima semana para debater o assunto. Boa parte da militância do partido reclamou da antecipação das costuras dentro do Legislativo, sob alegação de parceria com setores que apoiaram a reeleição de Lauro Michels (PV) à Prefeitura.

“Evidentemente que os vereadores podem fazer conversas, mas não houve definição sobre isso dentro do diretório. Teríamos uma reunião da executiva do PT nesta semana, mas tivemos de adiar. Eu, como militante, sou contra”, reconheceu o ex-vice-prefeito Joel Fonseca (PT), hoje vice-presidente do diretório local. O mandatário é o ex-prefeito Mário Reali (PT), que se submeteu a uma pequena cirurgia, o que causou o adiamento da reunião sobre o posicionamento da bancada.

O PT elegeu Ronaldo Lacerda, Orlando Vitoriano e Josa Queiroz para a próxima legislatura. O candidato majoritário, o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, ficou na terceira colocação no primeiro turno. Na etapa final, boa parte das lideranças aderiu à campanha de Vaguinho do Conselho (PRB), movimento esse que já tinha sido repudiado por alas internas do petismo.

Os votos de Josa, Lacerda e Vitoriano se somariam a outros nove parlamentares, assegurando, assim, vitória de Pretinho – estão na lista Cícero Antônio da Silva, o Cicinho (PRB), pastor João Gomes (PRB), Ricardo Yoshio (PRB), Luiz Paulo Salgado (PR), Salek Almeida (DEM), Audair Leonel (PPS), Companheiro Sérgio Ramos Silva (PPS), Jeocaz Coelho Machado, o Boquinha (PPS), além do próprio Pretinho.

“Acho arriscado (se aliar à parte governista). Não vejo como consistente lançar uma candidatura que tenha vereadores que se elegeram levantando a bandeira da reeleição do atual governo. Até porque o governo terá força e, quando entrar na discussão, tem condições de reverter tudo que está construído agora. É política suicida do partido fazer esse tipo de aliança porque tanto DEM quanto PPS estão no governo. O PRB, do Vaguinho, não se pronunciou oficialmente como se comportará na Câmara. Entrar em projeto inconsistente, como esse, pode atrapalhar (a reconstrução do PT em Diadema)”, avaliou Joel. 




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