Política Titulo Eleições
'Vice conta pouco', afirma Michel Temer
Por Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
27/06/2010 | 07:08
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Em sua passagem por São Bernardo na quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados e mandatário do PMDB nacional, Michel Temer, ressaltou que candidato a vice "conta pouco" para que o cabeça da chapa evolua nas pesquisas eleitorais.

A resposta à indagação da equipe do Diário seria considerada normal não fosse o fato de o peemedebista compor chapa presidencial encabeçada pela petista Dilma Rousseff.

Pouco mais de uma semana depois de o PMDB homologar seu nome para compor a parceria com o PT, pesquisa sobre as intenções de votos na corrida pelo Palácio do Planalto colocou a ex-ministra cinco pontos à frente do candidato do PSDB, José Serra: 40% a 35% - Dilma lidera pela primeira vez a disputa.

"Eu seria pretensioso se dissesse que sim (influenciou positivamente para o resultado). Mas a circunstância do PMDB nacional ter fechado a parceria pode ter contribuído. O partido tem capilaridade grande e isso ajuda. Porém, o progresso da candidata se deve às suas qualidades, que estão sendo reveladas e estão sensibilizando o eleitor. Vice conta pouco para essa evolução", avaliou Temer, cuja visita à cidade contribuiu para estreitar os laços entre o PMDB e o governo de Luiz Marinho (PT) - é possível que depois das eleições a legenda integre a base de sustentação.

Desincompatibilização - O deputado federal Michel Temer não vai se desincompatibilizar do cargo para a disputa eleitoral. A conciliação da agenda de parlamentar e de candidato nos três meses de campanha será possível graças à agenda tranquila da Câmara Federal nesse período.

"Temos trabalhos no Congresso até dia 15 de julho e depois, em agosto e setembro, temos a designação de suas semanas (uma em agosto e outra em setembro) em que os deputados não comparecem, salvo urgência urgentíssima. Assim, teria possibilidade de fazer campanha sem coação na Câmara. Não existe possibilidade jurídica de afastamento. Não há previsão regimental para isso", explica o peemedebista.

Sobre o PMDB - considerado o maior partido do Brasil pelo número de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, governadores e senadores - lançar candidato próprio à Presidência nas eleições futuras, Temer foi evasivo. "Fala-se muito nessa história de candidatura própria. O PMDB está lançando candidato próprio a vice-presidente numa coalizão. É política eleitoral e programática. Apresentamos nossa proposta de governo para o PT e faremos a junção dos cronogramas, para termos uma agenda conjunta, vencermos juntos e governarmos juntos."

Ao comentar a real possibilidade de o Congresso analisar, votar e aprovar reformas importantes como a política e a tributária, o deputado ressaltou que "é sempre difícil fazer". "Mas o Projeto Ficha Limpa é parte da reforma política do País, que será feita por trechos. Esse foi um pedaço importante. Já produzimos mudanças na legislação eleitoral no ano passado, que é outra parte dessa reforma política", salientou.




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