O reaquecimento da economia pós-crise financeira mundial impulsionou as vendas do varejo e puxou a oferta de emprego na região metropolitana de São Paulo. A análise mensal sobre o nível de emprego organizada pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, aponta crescimento de 5,5% no total de empregos formais registrados em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

No período, o contingente de trabalhadores com emprego formal subiu de 827 mil para 873 mil, saldo de 45,25 mil novas ocupações. Em relação a dezembro, no entanto, foram fechadas 948 vagas no varejo, ligeira queda mensal de 0,1%.

Os analistas da Fecomercio-SP atribuem o recuo à sazonalidade do setor, que costuma criar vagas para as vendas de fim de ano. O coordenador da pesquisa, o estatístico Flávio Leite, sustenta que a baixa não deve ser repetida nos próximos meses. Ele diz que o cenário positivo está baseado na facilidade de obtenção de crédito, alongamento de prazos de financiamento e aumento da massa salarial.

A Fecomercio-SP também calculou o salário médio em janeiro do funcionário do comércio varejista, que ficou em R$ 1.371. As atividades que registraram os maiores salários foram lojas de departamentos (R$ 2.378), lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (R$ 1.869), concessionárias de veículos (R$ 1.750) e autopeças e acessórios (R$ 1.445). O setor de supermercados (alimentos e bebidas) teve o menor salário médio: R$ 1.163.