Setecidades Titulo Invasão em Mauá
Integrantes foram prontos para combate
Por Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
20/02/2009 | 07:00
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A Polícia Civil de Mauá apreendeu diversos objetos em poder dos manifestantes que podem caracterizar a premeditação do confronto violento que destruiu o gabinete do prefeito Oswaldo Dias (PT) na manhã de ontem.

Pé-de-cabra, martelo, faca, um cassetete improvisado (uma barra de ferro, com uma alça de borracha), estilingues, além de várias garrafas contendo uma mistura feita à base de vinagre e pimenta (criados provavelmente para serem atirados nos olhos) foram algumas das ‘armas' utilizada.

O comandante da Guarda Civil Municipal, Sergio Moraes, confirmou a intenção. "Eles vieram com tudo para cima da Guarda. Muitos estavam encapuzados. Tínhamos cinco homens quando eles surgiram. Eles foram agredidos ao tentar conter a invasão. Depois acionamos outros 60 homens e isso aqui virou uma zona de guerra", afirmou.

Uma das líderes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Daniela Rodrigues Damasceno, nega a premeditação. "Fomos encurralados pela Guarda e as pessoas tentaram se defender. Apesar de nossa intenção ter sido pacífica, não podemos afirmar que isso não é uma possibilidade (de que pessoas teriam trazidos objetos como armas para um possível enfrentamento), disse.

PRESOS E FERIDOS - A Prefeitura confirmou que o guarda municipal Gérson Rezende, 48 anos, e há 13 na GCM, e dois manifestantes - Valdinar Cardoso Ferreira, 24, e um homem apenas conhecido como Índio - ficariam em observação no Hospital Nardini até hoje. O guarda teve luxação no rosto e braço e teve costelas quebradas. Ferreira, que durante toda a tarde foi citado por membros do MTST como vítima de um tiro dado pela GCM, foi diagnosticado com cortes nas costas.

A GCM e a Polícia Civil negam que tenha havido disparos durante o confronto. "Uma equipe da polícia foi ao hospital conversar com as vítimas. Apesar dos ferimentos, não correm risco de morte. O Valdinar não foi baleado. Foi vítima de uma perfuração, mas não sabemos de que objeto", disse o delegado titular do 1º DP de Mauá, José Marcos Pimenta.

Das 79 pessoas detidas, 60 são homens e 19 mulheres. Segundo a polícia, 25 foram autuados em flagrante nos crimes de dano ao patrimônio público e resistência por terem sido reconhecidos pelos guardas. Os demais, que ficaram na retaguarda e não se envolveram, serão averiguados.

Do total, oito possuem ficha criminal e cumpriram pena por homicídio, roubo e porte ilegal de arma, por exemplo. Um outro é foragido da Justiça. Esses não poderão pagar a fiança arbitrada em R$ 110 e continuarão presos. Até o fim dessa edição, a fiança dos envolvidos ainda não havia sido paga.




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