Performance é algo que encanta e conquista quem gosta de dirigir. Acelerar e ser correspondido ou entrar em uma curva e manter o bólido sob controle traduz um pouco o que, para alguns, é o verdadeiro prazer de dirigir. No entanto, poucos carros oferecem isso. Um deles é, sem dúvida, o Linea T-Jet, que tem preço a partir de R$ 73.857.

Seu grande trunfo, como todo veículo com apelo esportivo deve ter, está sob o capô. O T-Jet é equipado com um interessante motor 1.4 16V Turbo a gasolina que confere vigor ao modelo. São 152 cavalos a 5.500 rpm e torque de 21,1 mkgf já disponíveis a 2.250 rpm. O Honda Civic SI, apontado como o principal esportivo nacional, gera um torque inferior: 19,2 mkgf.

Em baixas rotações - até 2.000 rpm - devemos reconhecer que o comportamento do Linea é o de um veículo 1.4 comum. Mas quando passamos desta rotação, o turbocompressor IHI RFH3 (com sobrealimentação de até 1 bar) enche-se e a força é toda transferida para as rodas dianteiras.

Este tipo de propulsor, que passou por um downsizing - tem baixa capacidade cúbica mas é equipado com um turbo - tem conquistado espaço na Europa. Além de consumirem menos combustível, entregam mais potência e reduzem as emissões de poluentes - uma tendência mundial. Segundo dados da Fiat, o Linea T-Jet faz 12 km/l na cidade e 16 km/l na estrada, índices satisfatórios para um carro com tal desempenho.

A esportividade do modelo é acentuada pelas rodas de liga leve de 17 polegadas que conferem maior estabilidade nas entradas e saídas das curvas. A suspensão tipo MacPherson independente nas quatro rodas tem um acerto mais rígido, ideal para manter a fera nas rédeas. Nas curvas da Rodovia Fernão Dias, altura do município de Mairiporã, o T-Jet deu um show de estabilidade.

Interior - Internamente, a versão apimentada do Linea revela alguns pontos fracos. O primeiro deles é o espaço interno reduzido em comparação com a concorrência. Apesar de uma distância entre eixos de 2,60 metros - 9 centímetros a mais do que o irmãozinho Punto -, o T-Jet é 11 centímetros menor que, por exemplo, o Citroën C4 Pallas, referência em espaço interno entre os sedãs médios. Ponto positivo para a satisfatória capacidade do porta-malas: 500 litros.

O acabamento também deixa um pouco a desejar. Algumas peças de plástico apresentam rebarbas e os encaixes não são tão precisos como deveriam ser em um veículo que custa mais de R$ 73 mil. A escolha do revestimento dos bancos e dos painéis das portas em microfibra e tear é interessante, principalmente do ponto de vista do bolso do consumidor. Porém, a cor bege pode, para os que não têm muito amor ao carro, sujar rápido.

A posição ao dirigir também é excelente, facilitada pelos ajustes do volante (altura e profundidade) e do banco que, infelizmente, não são elétricos.

Equipamentos - Um dos pontos fortes não somente da versão T-Jet, mas de toda a linha Linea, é a ampla lista de equipamentos de série. Quem optar pelo turbinado, leva de série ar-condicionado digital, direção hidráulica, faróis de neblina, controlador de velocidade, air bag duplo, freios com ABS, rádio CD player com MP3 e RDS integrado ao painel, sensor de estacionamento, sensor crepuscular, entre outros mimos que tornam a vida dentro do sedã muito mais agradável.

Entre os opcionais, a Fiat oferece revestimento parcial dos bancos em couro por R$ 1.867, Blue&Me Nav (navegador acoplado ao painel de instrumentos com comando de voz) por R$ 1.077 e air bags laterais e de cortina por R$ 2.454. Com tudo isso, o preço do T-Jet pode alcançar os R$ 79.255.