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Bancos somam R$ 10 mi em multas

As multas foram aplicadas aos bancos por não cumprirem normas de segurança nas agências espalhadas pelo País

Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
06/09/2008 | 07:06
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A Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), entidade filiada à CUT (Central Única dos Trabalhadores) divulgou na sexta-feira um balanço que mostra que os bancos já foram multados em R$ 10 milhões este ano por não cumprirem as normas de segurança nas agências em todo o País.

Entre as regras fiscalizadas pela Polícia Federal sob o comando do Ministério da Justiça está a exigência de dois vigilantes por unidade bancária, sistema eletrônico de segurança e cumprimento do plano de segurança exigido pelos órgãos. As multas são aplicadas pela CCASP (Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada da Polícia Federal), e podem ser contestadas pelas empresas.

Para o secretário-geral da Contraf, Carlos Cordeiro, os processos em andamento no CCASP são muitos e até o final do ano devem chegar a 1.000. "Isso porque a lei ainda é muito branda para os bancos, pois a polícia não tem uma fiscalização tão rígida a ponto de fechar uma agência se não houver segurança", disse.

O dirigente sindical considera as normas que regulam a segurança bancária antiga e essas estão em estudo para serem atualizadas. "Uma de nossas reivindicações é a porta-giratória com detector de metais para acessar os bancos, incluindo também os caixa de auto-atendimento. Isso traria mais segurança tanto para o funcionários quanto para o clientes", contou Cordeiro.

Um dos casos citados pelos bancários é a greve dos vigilantes que ocorreu neste ano. Segundo o sindicalista, algumas empresas exigiram que os bancários abrissem o banco sem os profissionais de segurança. No entanto, seguindo uma portaria para fiscalização da Polícia Federal, os bancos não foram fechados e nem receberam multa porque normalizaram a situação em 15 dias.

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) rebate as acusações de falta de segurança e afirma que 75% das multas foram concedidas por questões burocráticas. Em nota, a federação afirma que "aproximadamente 60% das multas foi aplicada a uma única instituição, estatal, que teve problemas de contratação de empresa de vigilância" por causa da legislação que exige licitação para os prestadores de serviço.




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