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Setor de ferramentaria se une para atender demanda
Por Pedro Souza
Diário do Grande ABC
29/11/2012 | 07:00
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Para atender à demanda das montadoras por ferramentas e moldes, que dobrou neste ano, e resistir à competição com os chineses, o empresariado de São Bernardo e Diadema, com apoio das prefeituras e entidades sindicais e industriais, formalizou ontem o APL (Arranjo Produtivo Local) de Ferramentaria.

Em reunião no Paço de São Bernardo, o APL também apresentou seu site, no qual empresários terão informações sobre o setor, como projetos da associação, demanda das empresas e dados econômicos do mercado. Por meio do portal, cujo endereço eletrônico é o www.aplferramentaria.com.br, os profissionais da ferramentaria também poderão se cadastrar para divulgar suas proficiências às companhias filiadas ao APL.

A agremiação vem sendo desenhada desde o início do ano, destacou o gerente executivo do APL, Carlos Manuel Carvalho. "Já conseguimos que as montadoras mantenham suas ferramentarias nacionais, ainda mais com o anúncio do novo regime automotivo Inovar-Auto, que exige investimento em inovação e produtos brasileiros para garantir desoneração." Ele lembra que os sindicatos dos trabalhadores das empresas matrizes, como os da Volkswagen na Alemanha, também brigam para a centralização das ferramentarias em seus países. "As montadoras, hoje, investem cerca de US$ 300 milhões em ferramentaria para cada carro novo." calcula que o pólo de ferramentaria do Grande ABC, com 600 empresas e 6.000 empregados, fatura em média R$ 250 milhões anuais. E para atender a nova demanda será necessário aporte no mesmo valor, que, segundo Carvalho, em 12 meses, com o APL, já estará concluído.

As montadoras precisam de moldes e ferramentas para fabricar cinco carros novos e dois com mudanças apenas em capô e tampa do porta-malas por ano. Antes, elas precisavam de peças para dois novos e um com modificações no mesmo período. Segundo o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, "um ano para se adequar à demanda é meta e não previsão". Para isso, o próximo passo do APL é buscar ampliação de crédito por meio de conversa com o governo federal, gestores de fundos e bancos públicos.

 




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