O gênero é livre. Pode ser dissertação, narração, conto, poesia, carta, desenho e até letra de música. A única exigência do 6º Desafio de Redação, promovido pelo Diário, é escrever sobre o tema Álcool: você não precisa disso para se dar bem. Justamente por esse motivo, os estudantes soltam a criatividade nas produções.

Aluna do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Brasília, em São Bernardo, Maiza Yumi Kanii, 17 anos, combinou texto e ilustração. "Li o tema e pensei no desenho. Resolvi falar sobre leitura e álcool. Quando se abre um livro, é possível chegar a mundos para os quais a bebida não te leva." No ano que vem, a estudante pretende cursar faculdade de Design de Moda ou Interiores.

No 7º ano do Ensino Fundamental, Caio Mateus Paiva Gouveia, 12, resolveu inovar e fez a redação em forma de escala, como se fosse um bêbado caindo. "Falei sobre o vício e desenhei uma caveira, daquelas dos produtos perigosos", disse o aluno.

Em dissertação, Leonardo Aquino, 16, abordou o psicológico dos dependentes. "Há pessoas que buscam a fuga no álcool e se autodestroem. É uma euforia passageira porque beber nunca é a solução", afirmou o aluno do 3º ano do colégio. Na casa dele, os pais não costumam conversar sobre o assunto. "Eles sabem que tenho consciência das minhas atitudes e só reforçam isso quando saio."

Para Rodrigo Leite, 18, é fácil para o jovem conseguir bebidas alcoólicas. "Qualquer adolescente que tiver um amigo maior de idade consegue comprar sem problemas."

O prêmio principal do concurso literário será uma bolsa de estudos na USCS (Universidade Municipal de São Caetano), co-realizadora da iniciativa.