Setecidades Titulo Transporte
Passageiro sofre para
embarcar na divisa

Usuários reivindicam criação de linhas na região; os principais
problemas estão no Rudge Ramos e Taboão, em S.Bernardo

Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
27/08/2012 | 07:00
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Quanto mais perto da Capital, mais difícil é o embarque nos ônibus intermunicipais que servem o Grande ABC. Apesar de a viagem ser mais curta, os coletivos chegam lotados aos pontos, já que percorreram grande distância até chegar às áreas limítrofes. A situação é pior nos bairros Rudge Ramos e Taboão, em São Bernardo; Campanário, em Diadema; e na Avenida Goiás, em São Caetano.

Por volta das 6h30, moradores do Rudge Ramos enfrentam grande dificuldade para embarcar nas linhas 153 e 154, com destino ao Terminal Sacomã. O itinerário 153, cujo ponto inicial é no Terra Nova, percorre cerca de 13 quilômetros até chegar ao Largo São João Batista. O veículo - a maioria das viagens é feita por micro-ônibus - percorre avenidas de grande movimento, como Maria Servidei Demarchi, Brigadeiro Faria Lima e Senador Vergueiro. A reivindicação dos passageiros é para que seja criado trajeto tendo o Rudge como ponto inicial.

Quem mora no Taboão e no bairro Campanário, ambos em Diadema, sofre para usar as linhas com destino ao Aeroporto de Congonhas e à estação Saúde do Metrô. "Trabalho há um ano na Capital. Neste período, nunca consegui fazer a viagem sentada", observa a administradora Cristina Camargo Cortês, 44 anos. Outra reclamação dos usuários da linha para Congonhas é o fato de o itinerário passar em frente à estação São Judas do Metrô. "Muitos pegam esse ônibus só para ir ao Metrô, prejudicando quem vai para o aeroporto", acrescenta. Ambos os itinerários têm o Paço Municipal de São Bernardo como ponto de início.

As linhas que entram na Capital pela divisa com São Caetano registram os mesmos problemas. Exemplos são a 325 e a 441, que ligam Mauá ao bairro do Pacaembu e à Avenida Paulista. O primeiro itinerário, que sai do Jardim Zaíra, em Mauá, percorre quase 20 quilômetros até chegar à Avenida Goiás, em São Caetano.

A superlotação é recorrente também nas linhas intermunicipais que circulam apenas dentro do Grande ABC. Caso dos ônibus que fazem o trajeto entre São Bernardo a São Caetano. "Todos chegam lotados. Às vezes, tenho de esperar dois ou três ônibus passarem para conseguir entrar", lamenta a balconista Socorro Oliveira, 43.

O desconforto também é grande nas linhas 151 e 406, que saem de Santo André e são bastante utilizadas por estudantes, já que o ônibus passa perto das universidades Metodista e Uniban. Os micro-ônibus começam a ficar lotados já no Centro andreense. Quando o coletivo passa pela Rua Atlântica, próximo à divisa com São Bernardo, fica praticamente impossível o embarque por volta das 19h.

 

EMTU estuda fazer readequação nos itinerários

Gerenciadora do transporte intermunicipal, a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) cogita readequar parte das linhas com os problemas relatados.A empresa informa que, recentemente, realizou pesquisas nos bairros citados para "verificar distorções nas programações horárias". O estudo, segundo o órgão, ainda está em fase de tabulação.

A EMTU explica que, se as pesquisas apontarem pela viabilidade da implantação de "atendimentos específicos", consultará os municípios e elaborará estudo técnico, que será enviado para a Secretaria de Transportes Metropolitanos. Ainda não há prazo para que os resultados sejam concluídos. Também não há data para a implantação de eventuais mudanças.

 




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