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PSB oficializa apoio a Alckmin e deve indicar vice ao governo do Estado

Coligação aguarda PSD; adesão ao PSDB é a primeira da história

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
21/06/2014 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Em convenção realizada ontem na Assembleia Legislativa, o PSB de São Paulo formalizou adesão ao projeto de reeleição do governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB). Com a decisão por unanimidade no encontro, os socialistas deram passo emblemático para indicar o vice na chapa majoritária tucana. Presidente estadual da legenda, o deputado Márcio França é o mais cotado para compor a dobrada. A cúpula do Palácio dos Bandeirantes, porém, aguarda definição do ex-prefeito da Capital Gilberto Kassab (PSD).

O nome do indicado não foi homologado no encontro. Eventual aliança com o pessedista esfriou nos últimos dias, o que abre as portas ao PSB. Maior articulador do PSB no Estado, França ponderou sobre o caso ao manter o ex-prefeito como alternativa. Apesar da declaração, ele sinalizou que o comandante do PSD tem compromisso com a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). “Há essa vinculação e ele não gostaria de quebrar.”

Coordenador do PSB na região, o ex-prefeito de Santo André Aidan Ravin foi mais taxativo, considerando que as tratativas ficaram “bastante adiantadas” para que a legenda preencha a lacuna de vice, deixada por Guilherme Afif Domingos (PSD), hoje ministro do governo Dilma. “Da nossa parte está ratificado e está em processo forte de fechar o acordo.”

Essa é a primeira vez na história que o PSB paulista vai se alinhar com o tucanato, que está há 20 anos no poder. Em 1990 e 1994, os socialistas apoiaram Plínio de Arruda Sampaio (então no PT, hoje no Psol) e José Dirceu (PT), respectivamente. No páreo de 1998, aderiram à campanha do PDT, liderada por Francisco Rossi. Nos três últimos pleitos, afiançaram Carlos Pittoli (2002), Mário Guide (2006) e Paulo Skaf (2010).

Alckmin enviou carta aos militantes do PSB, na qual detalha o histórico e trata da nova aliança ao mencionar mudança ideológica para a esquerda. “É inovação no cenário”, resumiu França. No encontro, houve acerto em formar coligação proporcional apenas com PSB. Para minimizar atrito com a ex-senadora Marina Silva (PSB), que articulava voo solo, o PSB apresentará nome ao cargo no Senado ligado à Rede Sustentabilidade.




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