Economia Titulo Sindicalismo
Trabalhadores da região participam de ato na Capital

Sindicatos mobilizam para manifestação em defesa de interesses dos empregados

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
09/04/2014 | 07:00
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Arquivo/DGABC


 Pelo menos 1.500 pessoas da região deverão engrossar a mobilização da 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, hoje, na Capital paulista, em atividade que, segundo estimativas dos organizadores, deve reunir até 50 mil participantes.

O ato, promovido pelas centrais sindicais (CUT, CTB, UGT, CGTB, Nova Central e Força Sindical), tem como foco pressionar o governo federal e o Congresso a favor de temas como o fim do fator previdenciário, a manutenção da política de valorização do salário-mínimo, a redução da taxa básica de juros e o combate ao PL (Projeto de Lei) 4.330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia a terceirização da mão de obra.

A ideia das centrais é retomar a luta pela ‘Agenda da classe trabalhadora para um projeto nacional de desenvolvimento com soberania, democracia e valorização do trabalho’, definida em 2010, durante evento no Estádio do Pacaembu. A agenda foi construída, segundo as entidades, para garantir desenvolvimento sustentado, com geração de emprego de qualidade e distribuição de riquezas.

Segundo o secretário de Administração e Finanças da CUT nacional, Quintino Severo, há dois grandes eixos: uma pauta mais imediata de reivindicações, formada por questões como o fim do fator e a luta contra o projeto 4.330 da terceirização; e outra que trata de temas de política pública. Podem ser incluídos nesse último ponto pleitos como a redução dos juros, a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a Educação e de 10% do Orçamento da União para a Saúde, reforma agrária e agrícola e transporte público de qualidade.

Há quatro anos a marcha não era realizada. E, nos anos em que ocorreu, o local do ato era Brasília. “Achamos que São Paulo é mais estratégico”, cita Quirino, ao explicar a mudança para a Capital paulista. Ainda segundo ele, fica mais fácil mobilizar categorias profissionais mais organizadas, que estão mais concentradas nas regiões Sul e Sudeste.

 

DA REGIÃO - Da região, só o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, vai levar cerca de 1.200 pessoas, em 30 ônibus, para integrar a mobilização. De acordo com o presidente do sindicato, Rafael Marques, é fundamental essa participação para buscar a ampliação dos direitos dos empregados.

Por sua vez, o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, junto com outras entidades ligadas à Força Sindical (comerciários, empregados de condomínios e outros) no Grande ABC, fretaram cinco ônibus, para levar em torno de 200 pessoas. O secretário geral desse sindicato, Sivaldo Silva Pereira, o Espirro, é importante tentar alcançar a redução da jornada sem a diminuição de salários e a valorização dos benefícios dos aposentados, entre outras melhorias.

Mais três ônibus levarão pessoal da base dos Metalúrgicos de São Caetano, que também é filiada à Força Sindical e tem como presidente Aparecido Inácio da Silva, o Cidão. Para ele, nesse momento em que as montadoras dão férias coletivas, lay off, licença remunerada e param a produção, “queremos chamar a atenção do governo”. “Se não houver incentivo ao consumo, a roda da economia vai parar”, disse.

 

SERVIÇO - A marcha tem concentração a partir das 8h na Praça da Sé, com ato político às 10h e caminhada até o vão livre do Masp, na Avenida Paulista. 




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