Principal incentivador da candidatura de Irmão Ozelito (PTB) a prefeito de Mauá, o candidato a vereador Francisco Esmeraldo Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PTdoB), defende o sumiço do petebista das ruas. Passados 38 dias do início da campanha eleitoral, o prefeiturável ainda tem evitado grandes atos públicos, focando o pedido de votos em casas.

"Começamos devagar para ele ir crescendo e chegar no segundo turno. O pessoal que sai que nem louco não consegue manter o fôlego na reta final", analisa Chiquinho. O trabalhista concorreu ao Paço três vezes (2000, 2004 e 2008). Na última, foi quando chegou mais perto de governar Mauá. Foi ao segundo turno contra Oswaldo Dias (PT), mas perdeu por 55% a 44%.

Chiquinho é o nome mais conhecido da coligação Um Novo Olhar Para Mauá, que reúne PTB, PTdoB e PMN. No entanto, abdicou de concorrer à Prefeitura pela quarta vez consecutiva para articular a formação do que chama de "terceira via" e, de quebra, se lançar a uma disputa teoricamente mais fácil. Como candidato a vereador, tenta voltar a ocupar um cargo público-eletivo após 12 anos.

Para encabeçar a frente, o trabalhista sondou Atila Jacomussi (PPS), Paulo Bio (PV), Edimar da Reciclagem (PSDB) e Diniz Lopes (PR), todos candidatos a prefeito. Mas acabou fechando com Ozelito. "Estou com o sentimento de que daqui a pouco o meu prefeito vai chegar", diz, confiante.

Em 2008, Chiquinho, lançado pelo governo do então prefeito Leonel Damo (PMDB), iniciou a corrida ao Paço já em segundo lugar, com 17% das intenções de voto - encerrou o primeiro turno com 27%. Na atual disputa, seu pupilo largou na quinta posição, com 8,2%. "A questão financeira e a espera pelo material de campanha atrapalharam um pouco. Mas o Ozelito vai crescer."