No que depender da paciência dos torcedores, o São Caetano pode esperar por ano bastante turbulento. Após a derrota por 2 a 1 para a Itapirense, sábado, na estreia da Série A-2 do Campeonato Paulista, os torcedores do time (aproximadamente 50 pessoas) soltaram rojões em direção ao vestiário do time no Estádio Chico Vieira, para onde jogadores do Azulão estavam se encaminhando ao fim da partida.

Nenhum jogador ficou ferido, já que boa parte do grupo estava dentro do vestiário. As críticas não pararam por aí. Alguns torcedores se concentraram na saída dos atletas e cobraram a equipe, entoando gritos de guerra e exigindo raça e comprometimento para as próximas rodadas.

Ídolo da torcida e único jogador poupado dos protestos, o goleiro Luiz saiu do vestiário para conversar com os torcedores mais exaltados. Só assim a situação se acalmou um pouco e o time pôde entrar no ônibus e prosseguir viagem normalmente.

“O protesto é normal, em qualquer equipe acontece isso. Eles (torcedores) têm o direito de cobrar. Não conseguimos o resultado e ainda sofremos a pressão pelo fato de que em 2013 as coisas não foram bem para o São Caetano. Mas agora temos que esquecer isso, focar nesse ano. A torcida protestou, mas não houve agressão a nenhum jogador”, contou o volante Rodrigo Thiesen.

De acordo com o presidente de honra da torcida Comando Azul, Carlos Lazarini, o Barata, os protestos são reflexo da crise em que o clube entrou em 2013.

“A torcida vem perdendo a paciência com os jogadores. Ontem (sábado), chegou ao limite. Ser derrotado pela Itapirense é inadmissível. Somos contra a violência, mas não tem como controlar a torcida. Eles estão muitos chateados com as últimas campanhas. O time precisa reagir imediatamente”, disse Lazarini.