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Especialista alerta para os perigos do glaucoma

Doença silenciosa pode causar perda da visão; diagnóstico precoce ajuda a evitar cegueira

Por Camila Galvez
16/08/2013 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


O glaucoma é uma doença caracterizada pela lesão do nervo óptico, causada principalmente pelo aumento da pressão ocular. O tipo mais comum, o glaucoma crônico de ângulo aberto, ocorre em cerca de 80% dos casos e pode levar à perda total de visão.

Para evitar que isso ocorra, é importante que seja feito o diagnóstico precoce da doença e que o paciente não abandone o tratamento, que se inicia por via medicamentosa (colírios), mas pode evoluir para casos em que a cirurgia é necessária para corrigir a pressão ocular elevada.

Para divulgar a importância do checkup anual, principalmente em pacientes que têm histórico da doença na família e acima dos 40 anos, a Clínica de Olhos Nações, em Santo André, realizou ontem palestra com a oftalmologista formada pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e especializada em glaucoma e catarata Laura Galesi. A médica falou sobre a doença para cerca de 30 pacientes que convivem com o problema.

O aposentado Djalma Barros, 63 anos, e sua mulher, a dona de casa Sueli Aparecida Nascimento, 55, moradores de Mauá, foram diagnosticados com glaucoma. Barros teve também catarata, e precisou passar por cirurgia. “Lia e as letras começavam a ficar deitadas no papel, embaçadas. Deixei de dirigir à noite, nem assinar um talão de cheque eu conseguia. Era desesperador.”

Após a cirurgia, a pressão ocular, principal sintoma do glaucoma, melhorou. Mas o controle da doença deve ser feito para o resto da vida. “Lá em casa tem a hora do colírio”, brinca Sueli, que descobriu que tem glaucoma graças a exame feito logo após o marido receber o diagnóstico.

Conforme a palestrante, como a doença não apresenta sintomas, a única forma de identificá-la precocemente é por meio do checkup. “Não temos como prevenir o glaucoma, mas quanto mais cedo é diagnosticado, menor é a perda de visão, que é irreversível”, alerta.

Os exames necessários para diagnosticar a doença são a medição de pressão ocular, exame de fundo de olho e campo de visão, além do OCT (tomografia do nervo ocular). O tratamento é iniciado com colírios, mas caso a pressão não regrida, é necessário fazer cirurgia para controlar a progressão da doença e evitar a cegueira. 




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