O presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol) espera ansioso chegar janeiro para colocar o seu bloco na rua. Por alguns meses, até abril ou maio, ele tenta fazer do seu campeonato o mais glamouroso do País.

Ainda no final do ano anterior, ele negocia com a Rede Globo, faz um marketing milionário, prepara a festa de encerramento do Paulistão, espera ser procurado pelos jornalistas e sonha em aparecer. Aparecer muito!

Depois da patética história envolvendo o São Paulo e o árbitro Vagner Tardelli antes da última rodada do Campeonato Brasileiro de 2008 e dos quase 50 feridos após o clássico São Paulo e Corinthians, Marco Polo mudou de idéia. Ele não quer ver jornalistas por perto, não aceita conceder entrevistas, não se expõe nos estádios e procura dar tempo ao tempo.

Deus escreve certo por linhas tortas.

MURICY RAMALHO - Já disse aqui outras vezes que o técnico do São Paulo poderia ser mais polido nas entrevistas. Não é bom para ninguém, principalmente para quem exerce função pública, tornar-se antipático e nada diplomático.

Muricy não está nem aí. Ele tem repetido que não tolera as perguntas maldosas de alguns repórteres. Sabe que eles querem criar manchetes com declarações bombásticas.

Outra coisa que deixa o são-paulino possesso é a falta de interesse dos repórteres pelos treinamentos técnicos e táticos. Esse é um velho vício de muitos repórteres. Acontece durante as práticas de clubes e seleções. Aliás, esse comportamento não é privilégio dos brasileiros. Os repórteres do mundo inteiro durante os treinamentos ficam batendo papo, contando histórias e piadas.

O ideal é que não houvesse radicalismos das partes. Mas lamentavelmente isso já é sonhar demais.

JÚLIO CÉSAR - Sempre acompanhei com reservas o desempenho do goleiro quando defendia o Flamengo. Na conquista da Copa América pela Seleção Brasileira, em 2007, considerei sua atuação espetacular. E de lá para cá perdi a desconfiança.

Jogando há alguns anos na Internazionale de Milão, Júlio César conquistou o coração dos fanáticos tifosi e é um dos responsáveis pelas importantes conquistas da equipe, além da liderança do Italiano.

O gol da Seleção Brasileira está em boas mãos. Depois da aposentadoria de Dida, Júlio César ganhou a corrida contra Gomes, Doni, Fábio, do Cruzeiro, entre outros.