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Metalúrgicos rejeitam 0,5% de aumento nas montadoras
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
30/08/2008 | 07:14
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Os dirigentes dos sindicatos dos metalúrgicos que representam a categoria no Grande ABC rejeitaram ontem em mesa de negociação o reajuste real de 0,5% nos salários oferecido pelo Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) para a campanha salarial deste ano.

A proposta será levada para os trabalhadores de São Bernardo no domingo e de São Caetano na segunda-feira, mas apenas em caráter informativo, pois o presidente da FEM/CUT (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores), Valmir Marques, o Biro Biro, afirma que não há como passar uma proposta dessa. "Vamos explicar para os metalúrgicos o que está acontecendo na mesa de negociação. É lamentável essa postura do Sinfavea num período de produção na ordem de 25% até 30% de crescimento", comenta. A bancada dos trabalhadores não havia definido um índice como meta para negociação.

No encontro da categoria também deve ser votada a forma de mobilização que a classe deve usar nos próximos dias para pressionar por melhores propostas das montadoras. Na segunda-feira, a categoria entra no mês da data-base.

Segundo Biro Biro, os outros pontos reivindicados também ficaram muito abaixo da expectativa. Para o piso da categoria, as montadoras ofereceram 4,5% de correção salarial, o que não contempla a inflação dos últimos 12 meses. A criação de um fundo de qualificação da categoria também foi negada. "Não adianta ficar discutindo muito. Percebemos que na mesa não há mais espaço para crescimento das propostas", comenta o presidente da FEM/CUT.

Os outros grupos que também estão em negociação tiveram avanços nas propostas mas, segundo Biro Biro, nenhuma atinge o mínimo exigido pelos trabalhadores para ser levada em assembléia.

Nas outras bancadas de trabalhadores, os metalúrgicos de São José dos Campos, Baixada Santista, Campinas, Limeira e São José dos Pinhais (PR) se adiantaram ao resultado de ontem e já decretaram estado de greve no início da semana para se prepararem para a paralisação no início da próxima semana. No Vale do Paraíba, os funcionários da General Motors já realizaram uma parada de duas horas na quinta-feira.




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