Os hábitos de consumo dos brasileiros nos supermercados mudaram nos últimos anos com o controle da inflação e a necessidade de economia de energia.
As tradicionais compras do mês deram lugar às picadas e os freezeres foram aposentados em razão da crise energética que assola o País.
Além disso, os consumidores estão mais atentos às promoções – compram apenas naqueles estabelecimentos que oferecem o melhor preço –, o que reduz a fidelidade a um único estabelecimento.
Nesse cenário ganham espaço os pequenos mercados de bairros, mais próximos, aconchegantes e que atendem às necessidades dos consumidores.
"Tudo está muito caro. Nas minhas últimas visitas aos supermercados gastei cerca de R$ 80 e voltei para casa com apenas quatro ‘sacolinhas’. O pior é que parece que cada semana a compra fica mais cara e levo menos produtos”, aponta a secretária Maria Inês Lopes dos Santos.
SIMULAÇÃO - Com um pouco mais de R$ 80 a moradora de Santo André, Maria, consegue levar para casa quase 30 itens. Entre eles, pão, maionese, lingüiça, carne, refrigerante, cerveja, macarrão, extrato de tomate, verduras e frutas, indispensáveis para o almoço do fim de semana.
Entretanto, a consumidora reclama que, nas últimas semanas, a despesa ficou mais amarga porque o número de produtos que ela costumava levar, pelo mesmo valor, reduziu.
Também para o desempregado Marco Antônio Gonçalves Campos, o custo dos alimentos está cada vez mais alto. “Carne e frango sempre estão caros e não tem como deixar de comê-los”, comenta Campos.
Segundo o construtor de pneus, José Zito Brás dos Santos, que frequenta duas vezes por semana os mercados e gasta cerca de R$ 80, afirma que a despesa fica ainda mais pesada quando tudo está caro.
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