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30 anos de fidelidade ao punk rock
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
02/11/2009 | 07:22
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Ari Paleta/DGABC


Cerca de 170 pessoas se reuniram na noite de sábado no espaço cultural Cidadão do Mundo, em São Caetano, para uma noite do melhor punk rock. O ponto alto era a passagem pelo Grande ABC da turnê de comemoração das três décadas de existência da banda paulistana Cólera, uma das pioneiras do gênero no País. No mesmo palco estiveram as bandas DZK, 88 Não!, de Mauá, e Menstruação Anárquica, de Diadema.

É claro que cortes de cabelo moicano, penteados espetados, jaquetas repletas de tachas e os coturnos imperaram em frente ao palco. Resquícios dos ícones de vestuário que surgiram com o movimento, em meados dos anos 1970. Estereótipo que não mais representa a imagem da maioria.

"Nosso público está cada vez mais diversificado. Encontrei aqui pessoas que disseram ter me visto tocando violão na Praça São Bento no início de tudo, e uma garotadinha, a maioria filhos de fãs", conta o vocalista do Cólera, Redson Pozzo, que, antes de subir ao palco ao lado de Val (baixo) e Pierre (bateria), deu uma palestra sobre a experiência da banda, calcada no do it yourself (faça você mesmo), um dos princípios do punk.

A turnê comemorativa, que começou em janeiro, percorreu cidades do Norte e do Nordeste, coisa inimaginável na criação da banda paulistana. "Antes só tinha lugar para tocar em São Paulo e no Rio, além de algumas bandas em Brasília e em Porto Alegre. Hoje o rock tem uma cena muito boa no interior", comemora Redson.

Apesar da agressividade que os três acordes costumam despertar no público, a noite foi relativamente tranquila - descontadas duas confusões isoladas, que envolveram mulheres mas que não prejudicaram a festa. "Esse comportamento é exceção. Em todo o lugar tem gente que não é legal. Aqui não é diferente. Mas em geral todo mundo curte o som sem arrumar confusão", diz Edwiges Carvalho, vocalista da Menstruação Anárquica.

A cantora era das mais emocionadas em frente ao Cólera. "Eles são uma referência enorme para mim. É uma honra tocar com eles", resume ela, na estrada há 17 anos e excursionando há cinco meses com nova formação, que conta com o marido Macarrão na bateria e Mayara no baixo.




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