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Prefeitos da região consideram crise grave
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
05/07/2005 | 08:20
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A crise política em Brasília afeta o ânimo dos prefeitos no Grande ABC. "É um momento delicado para o Partido dos Trabalhadores. Todas as providências cabíveis para limpar essa situação têm que ser feitas", declarou João Avamileno (PT), de Santo André. "Continuo defendendo e militando no PT e acho que temos de contiuar esse trabalho para que todas essas denúncias que vieram a tona sejam investigadas." Avamileno evitou comentar diretamente o racha no PT nacional. "Não gostaria de comentar esse assunto, porque já tem as pessoas indicadas no PT nacional e no estadual."

O prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, William Dib (PSB), negou que a crise política tenha sido assunto da pauta na reunião de desta segunda-feira. Adversário político do PT local, Dib disse que o desempenho do governo federal em relação à cidade não mudou. Fez uma ironia: "No meu município não afetou nada, porque antes mesmo da crise, desde que tomaram posse, nunca fizeram nada", afirmou.

Os prefeitos evitam comentar às claras as denúncias que afetam PT e o governo Lula. Políticos experientes, consideram que o momento é de mergulhar, porque não compensa disparar críticas em ambiente tão grave. Um deles, ouvido pelo Diário, revela a clara convicção de que a situação é explosiva e as investigações podem produzir conseqüências irreversíveis para todo o sistema político nacional.

Afirma que o melhor resultado para a oposição seria o governo conseguir abafar as CPIs que estão em curso, porque passaria a mensagem de que o compromisso do PT com a ética não é para valer.

Outra avaliação entre os prefeitos é de que em algum momento a crise vai produzir, dentro do Congresso, os bodes expiatórios de sempre, como ocorreu no caso dos Anões do Orçamento. Assim como no episódio anterior, o enorme contingente de envolvidos nas denúncias – supostos beneficiários do mensalão – seja efetivamente punido.

A solução "institucional" para o caso seria, mais uma vez, a realização de um pacto nacional. Duas últimas conclusões: Garantir o mandato do presidente Lula até o final é prioritário para a preservar a democracia; e Fernando Henrique Cardoso surge como o melhor nome para disputar a presidência em 2006.




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