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MPEs: Grande ABC cresce e Estado cai
Por Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
09/11/2007 | 07:00
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Na contramão da média estadual, as MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do Grande ABC tiveram alta no faturamento de 2006 para 2007.

Enquanto no universo paulista os pequenos empreendimentos registraram revés de 2,9% entre setembro do ano passado e deste ano, os da região cresceram 4,6%.

A constatação é da pesquisa mensal de conjuntura do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo), que também mostra que as MPEs do Grande ABC acumularam alta de 8,8% de janeiro a setembro deste ano. Enquanto isso, a média do Estado cresceu só 2,4%.

“Em 2007, o setor de bens de consumo duráveis foi muito bem. E como esse segmento é muito forte no Grande ABC, as micro e pequenas empresas da região se beneficiam”, explica o economista do Observatório das MPEs, Pedro João Gonçalves.

Se for levada em consideração a variação entre agosto e setembro, o Grande ABC também ganha – ou melhor, menos desvantagem. No Estado, a queda do faturamento chegou a 5,8%, puxada principalmente pela Grande São Paulo (-10,2%). Mas no Grande ABC houve diminuição de apenas 0,7%. “Isso é praticamente estabilidade”, diz Gonçalves.

“Na comparação entre agosto e setembro, há queda porque entra o componente do Dia dos Pais, que fortalece o primeiro mês. Na região, isso é menos drástico por causa do perfil mais industrial da região”, conta o economista. “O Grande ABC é ainda é uma região que tem uma concentração industrial forte, e o comércio representa menos do que na média do Estado.”

Otimismo - A sondagem do Sebrae-SP com os micro e pequenos empresários sobre as perspectivas futuras mostra que as MPEs estão otimistas com o próprio desempenho.

Entre as empresas pesquisadas, 43% acreditam que o faturamento vai aumentar nos próximos meses, contra 8% que crêem em uma piora. “Isso é o efeito caixa – o empresário olha para sua condição atual e vê que está melhorando, então acredita numa continuação”, conta Gonçalves. Além disso, os fatores macroeconômicos positivos, como juros e crédito, também dão ânimo extra para os empreendedores.




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