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Até eleição, Lula tem extensa agenda
27/06/2004 | 23:37
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Até as eleições municipais de 3 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprirá uma extensa agenda de viagens, que começa nesta semana, quando irá a São Paulo, Pará e Piauí. O giro inclui inauguração de obras e de projetos lançados pelo governo federal no ano passado, o que deverá beneficiar os candidatos da base governista. Mas, segundo assessores, Lula já mandou avisar que não subirá em palanques, para evitar problemas com os aliados, e já fez recomendação expressa aos ministros para que tenham cautela, evitem se expor nos municípios onde há disputa entre partidos da base aliada e não usem recursos públicos quando forem prestigiar candidatos. Lula não quer, por exemplo, que integrantes de alto escalão do governo usem aviões da FAB ou passagens pagas pelos cofres públicos quando viajarem para participar de algum comício ou ato político de candidatos.

Isso não significa, no entanto, ressaltam os assessores, que o presidente não vá apoiar candidatos do PT, como a prefeita Marta Suplicy, que busca a reeleição em São Paulo. A exemplo do que ocorreu na terça-feira, quando esteve ao lado do presidente na visita às obras do Aeroporto de Congonhas, a prefeita poderá estar novamente com Lula na abertura do Fórum Cultural Mundial, marcado para esta terça-feira, em São Paulo.

A agenda de julho está superlotada, intercalando compromissos nacionais e internacionais. Já no dia 1º, o presidente visitará em Teresina uma usina movida a biodiesel, projeto que considera fundamental para desenvolvimento do Nordeste. Ainda no Piauí, ele irá para a pequena Santo Antônio, vilarejo beneficiado com a chegada de luz elétrica do programa Luz para Todos. Depois, vai para Carajás, no Pará, onde visitará um projeto de mineração da Companhia Vale do Rio Doce.

No fim de semana, o presidente estará no Rio de Janeiro para várias inaugurações e visitas. Primeiro, no Porto de Sepetiba, depois em Niterói, para a entrega da nova plataforma de exploração de petróleo da Petrobras, e, por fim, na reinauguração da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Nos dias 7 e 8 de julho, Lula participa da reunião do Mercosul, em Puerto Iguazu, na fronteira da Argentina com o Brasil. De lá, ele segue para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde tem reunião de trabalho com o presidente boliviano Carlos Mesa. Lula poderá ir ainda ao Chile para se encontrar com o presidente Ricardo Lagos.

Ainda em julho, o presidente irá a Campinas, cidade estrategicamente importante para o PT, que quer se manter na Prefeitura. Lula irá inaugurar a expansão do Aeroporto de Viracopos e, depois, uma estação de tratamento de esgoto – o primeiro resultado do projeto de investimentos em infra-estrutura sanitária do governo. Em seguida, almoçará com empresários da região.

No dia 20 de julho, Lula deverá estar em Primavera do Leste, em Mato Grosso. Lá, ele vai participar do início da colheita de algodão na cidade, aproveitando para comemorar a vitória do Brasil na OMC (Organização Mundial do Comércio), que condenou os subsídios concedidos pelos Estados Unidos aos seus produtores.

Dia 21, Lula vai inaugurar as obras de ampliação do Aeroporto de Navegantes, em Santa Catarina. No dia seguinte, abre, em Porto Alegre, o 4º Congresso Mundial de Educadores Internacionais. No mesmo dia, o presidente irá a São Leopoldo para comemorar os 180 anos da imigração alemã na região. A agenda de julho será encerrada com uma viagem de quatro dias à África. No dia 25, Lula vai a São Tomé e Príncipe para a reunião da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa. No dia 27, vai ao Gabão e, no dia 28, a Cabo Verde.




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