Espremida entre o Oceano Pacífico e o Mar do Caribe, conjugando aspectos culturais europeus e indígenas e dona de natureza generosa ao ecoturismo, a Costa Rica absorve a demanda de viajantes à procura de programas plurais e peculiares. Entre as atrações mais concorridas, estão observação de vulcões, esportes de aventura e uma série de praias de condições diversas na costa pacífica, ótimas ondas para o surfe; no setor caribenho, variedade de ecossistemas marinhos e tranqüilas águas esmeraldas. Tudo sob a escolta ecológica da exuberância em forma de fauna e flora.

A riqueza natural costa-riquenha surpreende pela fartura compreendida em território tão acanhado: 51 mil km² (um pouco maior que o Espírito Santo). De carro, para cruzar o país de costa a costa, leva-se apenas três horas. Para conservar a exuberância ecológica, cerca de 12% da área do país correspondem a parques naturais (leia reportagem na página 3). A biodiversidade é uma das maiores registradas no planeta: só de orquídeas, há mais de 1,3 mil espécies, das quais 380 são endêmicas, só existem lá. Verdadeiro paraíso, como se houvesse sido encomendado a Deus pela confraria dos naturófilos.

Debruçada na vocação natural para o ecoturismo, a Costa Rica aponta as flechas de estímulo às viagens também para o alvo das atrações folclóricas, pesca esportiva, das águas termais e dos esportes radicais. Neste fértil campo, Guanacaste assume especial condição. Não só por ser uma das mais importantes áreas de preservação do país; ou por se converter num dos mais cobiçados pontos de pesca oceânica do planeta ambos atributos de relevo. Mas, principalmente, por ser considerada a capital do folclore costa-riquenho. Danças típicas tradicionais, músicas, culinária e trajes simbólicos fomentam o aporte de turistas na região.

Outro prestigiado destino da Costa Rica é a área do vulcão Arenal, o mais ativo e famoso do país. As águas termais que brotam aos pés do ninho de lava temperam a temporada no Resort Tabacón. Entre as atividades, arvorismo (passeio entre as copas das árvores) num eletrizante circuito, cavalgadas, rafting, caminhadas, passeios de bicicleta e visitas a cavernas. Há também programas de pesca e spa.

Uma visita aos pés do vulcão está incluída em praticamente todos os roteiros do país. Com um pouco de sorte, é possível contemplar colunas de fumaça dissipando-se no ar. Nos arredores da região, uma série de atrações tonifica o fôlego turístico. O Refúgio Ecológico Cao Negro apresenta-se indispensável na programação dos que apreciam aves, além de exibir notável coleção de plantas.

A capital do país, San José, na planície central, a agradáveis 1.150 m de altitude, concentra badalação noturna, fartas opções de restaurantes e museus. Entre os principais acervos museológicos da Costa Rica, destaque para a coleção de artefatos pré-colombianos feitos em ouro que estão em exibição na região central de San José. O Museu do Ouro conta com milhares de peças, ricas em detalhes.

Outro museu dedicado à arte pré-colombiana, apesar de ampliar o acervo na direção da arte moderna, é o de Jade. Tendo o mineral como elemento de composição das peças, a compilação de objetos abarca a produção desde o terceiro século antes de Cristo até os dias de hoje. Um dos pontos altos da visita remete à sala onde as peças são iluminadas por trás exibindo a translucidez do mineral esverdeado.

Fundado em 1887, o Museu Nacional da Costa Rica exibe valiosas coleções de arqueologia, história religiosa e história natural. Após a abolição das Forças Armadas da Costa Rica (é um dos mais estáveis países do mundo, politica e socialmente), no fim da década de 40, o museu instalou-se numa antiga fortaleza.

Orgulho dos ticos, como são conhecidos os costa-riquenhos, o Teatro Nacional foi edificado em 1897. Um bom período para visitar o prédio vai de março a novembro, quando a Orquestra Sinfônica Nacional faz temporada no palco do belo prédio.