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Crise em serviços secretos divide classe política iraniana
Do Diário do Grande ABC
10/01/1999 | 15:01
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A confissao da participaçao de membros dos poderosos serviços secretos iranianos em uma onda de assassinatos políticos divide a classe política do Ira em relaçao à resposta que deve ser dada a esta crise.

Cerca de uma semana depois do anúncio de prisao de membros do Ministério do Interior, os partidários do presidente reformista Mohammad Khatami reivindicam uma reforma desta instituiçao e insistem nas responsabilidades internas do sistema, amplamente controlado pelos conservadores.

A pressao cresce a cada dia na imprensa e nos meios reformistas para que sejam divulgados os nomes das pessoas detidas a fim de serem julgadas publicamente.

O jornal Teheran Times informou neste domingo que um oficial do alto escalao - diretor-geral - do Ministério do Interior está envolvido, dando a entender que o assunto supera a esfera subalterna.

'`As autoridades devem identificar imediatamente os culpados e puní-los por seus atos execráveis', declarou neste domingo a Frente para a Participaçao do Ira Islâmico (FPII), um movimento ligado ao presidente Khatami.

O Ministério do Interior reconheceu, na noite de terça-feira, que alguns de seus membros ``descontrolados' participaram, ao final de 1998, dos assassinatos do opositor nacionalista Daryoush Foruhar, de sua esposa e de uma série de intelectuais liberais.

O Teheran Times informou ainda que o ministro dos serviços de inteligência iranianos, Ghorbanali Dorri-Najafabadi, que tinha a intençao de renunciar, nao o fará depois do apoio que recebeu por parte do aiatolá Khamenei.




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