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Sobe para 33 o número de feridos em atentado
Do Diário do Grande ABC
08/11/1999 | 13:41
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A explosao de três bombas de fabricaçao caseira feriram trinta e três israelenses, neste domingo, na localidade de Netanya,ao norte de Tel-Aviv. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo atentado.

Três suspeitos palestinos foram detidos, mas dois foram liberados após serem interrogados. A emissora de rádio do Exército informou que dezenas de palestinos foram detidos porque nao tinham os vistos para estarem em Netanya.

Em uma declaraçao, o primeiro-ministro Ehud Barak ressaltou que "há elementos que tentarao impedir que o processo de paz continue, mas o governo nao permitirá. Está decidido a frustrar o terrorismo e fará tudo o que estiver ao seu alcance para que cessem as ameaças contra a paz e o bem-estar dos cidadaos israelenses".

A Autoridade Palestina condenou o atentado, em um comunicado oficial, sugerindo que os responsáveis teriam sido grupos com bases no Ira.

O atentado foi praticado com quatro tubos de chumbo com explosivos em seu interior, colocados a pouca distância um do outro, segundo os primeiros elementos da investigaçao policial.

Três destes artefatos explodiram simultaneamente, enquanto o quarto nao funcionou, o que permitiu que os especialistas em explosivos o desarmassem. As bombas eram controladas por relógios sincronizados para explodirem juntas.

O vice-ministro israelense da Defesa, Efraim Sneh, afirmou que o atentado nao terá conseqüências negativas sobre o processo de paz. ``Se detivermos o processo de paz em seu conjunto, faremos exatamente o que os terroristas que colocaram essa bomba de fabricaçao caseira desejam que façamos', acrescentou Sneh.

``O governo espera que a Autoridade Palestina aja diligentemente para impedir que os terroristas afetem (...) o processo de paz', afirmou, por sua parte, em um comunicado, o gabinete do primeiro-ministro Ehud Barak.

Até o início da tarde, nenhuma organizaçao havia reivindicado o atentado. Mas um alto dirigente palestino, Tayeb Abdelrahim, acusou ``certas forças do Ira', que desejam ``destruir o processo de paz', como instigadoras do atentado à bomba que deixou este domingo um saldo de pelo menos 15 feridos em Netanya, ao Norte de Tel Aviv.

``Certas forças no Ira estabeleceram um plano com elementos da Jihad Islâmica e do Hamas antes da assinatura do acordo de Sharm el Sheikh, com o objetivo de efetuar operaçoes que impeçam a aplicaçao do acordo', declarou, em Gaza, Abdelrahim, secretário da presidência palestina.

Tanto a Jihad como o Hamas sao movimentos integristas que se opoem ao processo de paz. O atentado ocorre às vésperas da abertura das negociaçoes sobre o estatuto final dos territórios ocupados por Israel.

A polícia prosseguia rastreando todo o bairro para ver se existem outros explosivos escondidos. Neste sábado, o braço armado do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) advertiu que preparava novos atentados anti-israelenses nas ``próximas semanas ou meses'.

A bomba caseira foi colocada em uma lixeira perto de um banco, no centro de Netanya. Uma segunda bomba foi descoberta e desativada pela polícia. Todas as vítimas ficaram levemente feridas, com exceçao de duas, cujo diagnóstico é mais grave. ``É um milagre que nao tenha havido mais vítimas', afirmou o ministro das Comunicaçoes, Benjamin Ben Eliezer.

A polícia deteve um suspeito palestino na periferia da cidade, enquanto se dirigia para a Cisjordânia, 20 kms a leste de Netanya. Também foram detidos centenas de palestinos que trabalhavam ilegalmente em Netanya e nao tinham autorizaçao de trabalho, segundo a rádio local.




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